Comissão aprova lista fechada

(Foto:Geraldo Mazela/Agência Senado) A Comissão de Reforma Política do Senado aprovou na terça-feira (29), por nove votos a sete, a adoção de listas fechadas no sistema eleitoral brasileiro. Se a […]

(Foto:Geraldo Mazela/Agência Senado)

A Comissão de Reforma Política do Senado aprovou na terça-feira (29), por nove votos a sete, a adoção de listas fechadas no sistema eleitoral brasileiro. Se a proposta for aprovada pelos plenários do Senado e da Câmara, os eleitores vão passar a votar nos partidos políticos, e não mais nos candidatos.

Pelo modelo, cada partido elabora uma lista com os seus indicados que vão ocupar as vagas obtidas nas eleições proporcionais – de deputado federal, estadual e vereadores. O número de eleitos depende da quantidade de votos recebidos por cada legenda no pleito.

 A comissão manteve o atual sistema proporcional ao derrotar a adoção do distrital – que prevê a divisão das eleições por distritos. Como não houve consenso na semana passada, os senadores votaram nos três sistemas eleitorais que tiveram apoio da maioria dos integrantes da comissão.

 A proposta representa uma vitória do PT, que defendeu o sistema durante as discussões na comissão. “Vamos levar essa proposta ao plenário para defendê-la. A nossa expectativa é fazer um trabalho de convencimento porque fortalece os partidos, e o voto fica partidário”, disse o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

 O PSDB se absteve na votação, depois de defender a aprovação do voto distrital com listas fechadas. “A nossa expectativa era que, não havendo maioria, poderia se abrir espaço para novo entendimento”, disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

 Além do proporcional com listas fechadas, que acabou aprovado, foram derrotados o voto distrital misto com listas fechadas e o chamado “distritão” – modelo no qual são eleitos os candidatos mais votados em cada estado, proposta defendida pelo PMDB.