Recursos de apoio surpreendem na Confecom

Mais de duas mil pessoas participam das discussões da Confecom, somando delegados e jornalistas, todos envolvidos com a área de comunicação. O Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília, abriga […]

Mais de duas mil pessoas participam das discussões da Confecom, somando delegados e jornalistas, todos envolvidos com a área de comunicação. O Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília, abriga nestes quatro dias, grande quantidade de equipamentos e profissionais, da rádio-megafone às transmissões ao vivo pela internet.

Mas, mesmo com esse perfil engajado em comunicações, algumas situações ainda supreenderam os comunicadores presente. A primeira delas foi o discurso do presidente Lula. Afinal, ele leu ou discursou de improviso? Era a discussão em várias rodas. Muitos delegados não perceberam que Lula usava um teleprompter escondido no púlpito de acrílico transparente.

Além disso, a estrutura do discurso foi completamente diferente dos improvisos do presidente. Didático, Lula contou a história da evolução das comunicações no Brasil e no mundo e só mudou o ritmo quando foi provocado a falar de rádios comunitárias. Só nesse momento ele abandonou o púlpito e improvisou com um “Deus deu uma boca para eu falar esse monte de coisas e duas orelhas – as minhas são viradas para frente para ouvir o que vocês estão falando”.

Enquanto isso, Osvaldo Colibri Vita, do Jornal Brasil Atual, divertia-se com os que duvidavam do teleprompter.

Outra boa novidade que surpreendeu foi a votação eletrônica. Em seu terceiro dia, a mesa coordenadora fez um teste e haveria a previsão. Outra vez, a novidade deixou muita gente surpresa. Fora os funcionários-delegados das telecons e televisões, a maior parte dos delegados está acostumada às votações com crachás, decisão por contraste visual e, no máximo, uma votação em urna. Altamiro Borges, jornalista e blogueiro, contou que todas as votações do congresso do PCdoB já foram eletrônicas.

Outra novidade para muita gente foi a conversação de voz para texto em telão. Além do áudio, foi possível ler os discursos nos telões, uma ferramenta importante para deficientes e que ajudou os observadores que ficaram longe das caixas de som. Essa transcrição, que é muito comum em traduções, foi rigorosa até com a pontuação das frases.

Em um dos grupos de debates, a brasiliense Manuela Torreão de Menezes, deficiente auditiva deu um show. Fez um discurso em libra e a sua tradução oral causou emoção. Poucos tinham noção de que a linguagem de libras é como qualquer outra linguagem, que permite entonações, retórica e poesia.