Movimentos LGBT e mulheres na Confecom

Guilherme Castro, do Cellos e Cataba (Foto: Anselmo Massad/RBA) Além de entidades que militam em questões de direito à comunicação, entre os delegados da sociedade civil há ativistas de outros […]

Guilherme Castro, do Cellos e Cataba (Foto: Anselmo Massad/RBA)

Além de entidades que militam em questões de direito à comunicação, entre os delegados da sociedade civil há ativistas de outros movimentos. O de mulheres e o de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) são dois exemplos.

Guilherme Castro circulava com um abaixo assinado de apoio ao projeto de lei que criminaliza a homofobia, em tramitação no Senado. Estudante de comunicação pela PUC-MG, além de militante no Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual (Cellos) e pelo movimento contra a intolerância religiosa Casa Tradição e  Cultura Afrobrasileira (Cataba), ele vê a Confecom como “uma verdadeira briga de foice”.

“Há divergências não só entre sociedade civil e empresariado, mas mesmo dentro da sociedade civil”, explica. “Aos poucos vamos conseguindo construir uma uniformidade para conseguir sair com a contemplação de propostas básicas para o movimento LGBT em relação à comunicação”, defende.

Com uma bandeira com as cores do arco-íris amarrada na cintura, Barros conta que os ativistas trouxeram a discussão de como a mídia retrata o homossexual, de forma esteriotipada. “São mostradas somente como pessoas frágeis, uma ‘bichinha’ de circo, que só vive como marginal”, critica.

No caso do movimento de mulheres, além de combater visões sexistas e garantir o respeito às mulheres, as propostas aprovadas na Confecom trazem  bandeiras históricas do movimento.

Rejane Pereira, uma das coordenadoras do Fórum mulheres de Pernambuco, houve resoluções aprovadas que garantem o respeito ao caráter laico do Estado na definição de concessões de rádio e TV. É relacionado ao tema também o ponto mais polêmico da pauta das mulheres: a restrição a concessões a igrejas evangélicas, questão que não teve apoio dos empresários.

“Defender as mulheres não é fácil nas conferências nem em canto nenhum”, sustenta Rejane. “O que favoreceu, aqui, foi uma plenária das mulheres e uma plataforma própria”, completa.