Greve em SP

STJ suspende liminar que impedia corte de ponto de professores

Presidente do tribunal acatou pedido do governo tucano

Marlene Bérgamo/Folhapress

Os professores decidiram entrar em greve em 13 de março e o governo de São Paulo se recusa a negociar

São Paulo – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) atendeu na noite de hoje (20) pedido do governo do estado de São Paulo (PSDB) e suspendeu a liminar que impedia o Executivo paulista de cortar o ponto dos professores da rede pública, em greve há mais de dois meses. A decisão foi do presidente do STJ, ministro Francisco Falcão. A liminar, que havia sido concedida pelo Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, impedia aplicação de faltas e punições administrativas aos grevistas.

De acordo com a assessoria do STJ, o ministro concluiu que ficou configurada “a grave lesão à ordem e à economia públicas”. Por isso, “suspendeu a execução da liminar, tendo em vista a longa duração da greve e a falta de êxito nas tentativas de conciliação entre governo e membros do movimento grevista”. O TJ havia concedido a liminar à Apeoesp, o sindicato dos professores da rede estadual. A entidade já entrou com recurso pedindo reunião, o mais breve possível, de órgão colegiado do STJ, para uma decisão definitiva.

Os professores da rede estadual paulista voltam a fazer assembléia nesta sexta-feira (22), a partir das 14h, no vão livre do Masp, para decidir sobre a continuidade da paralisação, iniciada em 13 de março. A categoria cobra do governo reabertura de salas fechadas, contratação dos professores temporários, convocação de concursos e valorização salarial.