SP: Guardas-civis em greve fazem assembleia na Praça da Sé
No quarto dia de paralisação, sindicato critica represália da prefeitura e falta de diálogo
Publicado 28/08/2009 - 16h17
Em greve há quatro dias, os funcionários da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo mantiveram, nesta sexta-feira (28) nova concentração em frente ao gabinete do prefeito Gilberto Kassab (DEM), onde estão desde terça-feira (25).
Às 12h, a passeata em comemoração ao aniversário da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que reuniu 2 mil pessoas na região central da cidade, encontrou com a mobilização dos trabalhadores da GCM. Juntos, no carro de som e com palavras de ordem, os dois grupos pediram ao prefeito que trate os funcionários públicos municipais com dignidade.
De acordo com o secretário Jurídico do SindGuarda-SP, Emerson Felizardo, a liminar de legalidade da greve, expedida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, aumentou o número de trabalhadores presentes às mobilizações. “Nossa motivação para lutarmos por melhores salários e condições de trabalho é cada vez maior”, afirmou.
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Revoltados com a represália da prefeitura de transferir guardas-civis de postos e com a falta de negociação, os trabalhadores caminharam em passeata pelo Centro até a Praça da Sé, onde realizaram assembleia da categoria. “Esse prefeito anda na contramão. Em vez de negociar, ele parte para a represália dos trabalhadores. Nossa greve é comprovadamente legal e vai continuar”, prometeu Felizardo.
Na quinta-feira (27), a 12ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo considerou a greve legal, recusando pedido da Procuradoria do município. Segundo o dirigente sindical, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) vai julgar a greve nesta terça-feira (1º/09).