Pressão bolsonarista

Servidores encerram greve após imposição de Nunes contra trabalhadores

Servidores municipais de São Paulo encerraram a greve após a base do prefeito bolonsarista Ricardo Nunes aprovar reajuste irrisório na Câmara Municipal

Elineudo Meira / @fotografia.75
Elineudo Meira / @fotografia.75
O placar final na Casa foi de 15 votos contrários e 37 favoráveis, o que revelou a força não do prefeito Ricardo Nunes (MDB), autor do projeto

São Paulo – A Câmara Municipal de São Paulo aprovou ontem (26) o Projeto de Lei (PL 155/24). A matéria firma reajuste de 2,16% aos servidores públicos municipais. Em greve há três semanas, os servidores reivindicavam 16% de aumento, além de melhores condições de trabalho e o fim das privatizações. Contudo, com a decisão final da Câmara, os servidores acertaram, após o veredicto, o fim das paralisações.

O fim da greve veio junto da judicialização do movimento, que obrigou a presença dos trabalhadores da Saúde a retornarem a seus postos. Com isso, as categorias unificadas, acertaram pelo encerramento da mobilização. Contudo, seguem algumas demandas, incluindo o indicativo de greve em caso de não negociação dos dias parados. A imposição da derrota também não derruba os ânimos dos servidores que seguem em constante ação coletiva por melhores condições.

O placar final na Casa foi de 15 votos contrários e 37 favoráveis, o que revelou a força, não do prefeito Ricardo Nunes (MDB), autor do projeto, mas a natureza de extrema direita do corpo parlamentar, que estará sujeito ao escrutínio popular nas eleições de outubro. Uma das posições unânimes dos servidores foi a luta pela queda de Nunes, como representante do bolsonarismo em São Paulo.

Resoluções dos servidores

Então, além da manutenção da postura aguerrida em defesa do serviço público, os trabalhadores acertaram na assembleia:

  • Suspensão da greve do funcionalismo
  • Indicativo de paralisação caso não negociem os dias parados ou qualquer punição ao direito à greve
  • Nova paralisação caso o governo proponha reestruturação das carreiras da Educação ou ataque qualquer outra carreira
  • Continuidade da luta contra o confisco de 14% dos aposentados e pensionistas
  • Retomada da negociação dos pontos não econômicos. São eles:
  • Melhores condições de trabalho
  • Concursos públicos em todas as áreas
  • Revisão da lei de férias

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