Mobilização

Sérgio Nobre: 1º de Maio celebra ‘maior conquista’ recente. ‘Vencemos quem tentou nos derrotar’

Presidente da CUT afirma que o 1º de Maio é histórico para “recuperar perdas de direitos e reerguer o país da destruição iniciada com o golpe de 2016”

ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)
ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)
A classe trabalhadora voltou a ser ouvida e respeitada, voltou a ser protagonista e a participar das decisões dos rumos do país", destaca Sérgio Nobre

São Paulo – Na próxima segunda, 1º de maio, a classe trabalhadora vai celebrar “a maior conquista dos últimos anos”, afirma o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, sobre o ato unificado de oito centrais sindicais para marcar o Dia do Trabalhador no Vale do Anhangabaú, região central de São Paulo, a partir das 10h. De acordo com o dirigente, a data será novamente histórica após marcar a luta de resistência dos últimos anos.

“A classe trabalhadora resistiu, lutou e agora pode respirar, ter esperança. Porque, neste 1º de maio, vai celebrar a sua maior conquista dos últimos anos. Vencemos quem tentou nos derrotar, quem tentou acabar com a gente, com a democracia. Com Lula na presidência, a classe trabalhadora voltou a ser ouvida e respeitada, voltou a ser protagonista e a participar das decisões dos rumos do país”, destaca Sérgio Nobre, no portal da CUT.

Na capital paulista está confirmada a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Organizado pela CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical (duas) e Pública, o ato unificado terá ainda falas de lideranças sindicais nacionais e internacionais, e representantes de movimentos sociais e populares, parlamentares e ministros.

Desafios e reivindicações

A expectativa é por anúncios do governo em relação a tema considerados prioritários pelos sindicalistas, como a volta de uma política de valorização do salário mínimo e aumento da faixa salarial isenta de Imposto de Renda. As demandas estão contempladas no mote do 1º de maio deste ano, por “Emprego, Renda, Direitos e Democracia”.

Na última terça (25), as centrais também divulgaram uma lista com 15 pautas que cobram também o fim dos juros extorsivos, valorização dos servidores, regulamentação do trabalho por aplicativos, defesa das empresas públicas e a revogação do chamado Novo Ensino Médio.

“Com aquele presidente, a classe trabalhadora não tinha futuro, porque não existiriam empregos decentes e crescimento sustentável com igualdade e justiça social. E ir às urnas derrotar Bolsonaro, e tudo o que ele representava, era a luta prioritária dos trabalhadores e das trabalhadoras. Vencemos, mas temos consciência de que há muita luta, muitos desafios pela frente para recuperar perdas de direitos e reerguer o país da destruição iniciada com o golpe de 2016”, observou o presidente da CUT.

1º de Maio também é festa

De acordo com os organizadores, o público que comparecer no ato no Vale do Anhangabaú vai poder conferir ainda diversas apresentações musicais. Estão confirmados shows da sambista Leci Brandão, que terá como convidados Toninho Geraes e Almirzinho, e do cantor Zé Geraldo. Edi Rock, Dexter, MC Soffia, Ilú Obá de Min, DJ Cranmarry e Samanta Schmutz & gêmeos da série Sintonia também se apresentarão no evento.

O local terá a segurança reforçada por 400 seguranças privados, além do contingente policial. Por exigências dos órgãos de segurança pública, o acesso do público a área do evento será apenas pela lateral da Avenida São João, em frente à Praça Pedro Lessa (Praça do Correio). Haverá detectores de metais e revista para entrada no local. Segundo a Vigilância Sanitária, o uso de máscara não é obrigatório, mas é recomendável.