Secretaria de Educação de São Paulo não responde a pedidos de funcionários de centros educacionais

São Paulo – Um grupo de manifestantes se reuniu hoje (3) em frente à Secretaria Municipal de Educação de São Paulo para protestar por melhorias nas condições de trabalho de […]

São Paulo – Um grupo de manifestantes se reuniu hoje (3) em frente à Secretaria Municipal de Educação de São Paulo para protestar por melhorias nas condições de trabalho de parte dos funcionários dos Centros Educacionais Unificados (CEU). O ato foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo (Sindsep) e teve a distribuição de uma carta aberta à população explicando a situação desconfortável vivida por alguns dos profissionais nos CEUs.

O grupo reivindicou a transferência de profissionais que atuam em diversas unidades dos centros educacionais, como da cultura ou do esporte, que estão lotados na Secretaria de Educação. Na visão da presidenta do sindicato, Irene Batista de Paula, essas pessoas devem, por direito, serem lotadas na respectiva secretaria de sua atuação.

Após ser recebida por assessores da secretaria de Educação, a presidenta do Sindsep informou que foi orientada a esperar a posse oficial de todos os convocados no último concurso – 59 convocações – para então realizar o levantamento e posteriormente iniciar a análise dos casos. Decepcionada com o tratamento, ela relatou que “somente a Secretaria de Esportes já recebeu cerca de 40 pedidos de transferências e nenhuma resposta foi dada”.

Sem autonomia

Outra cobrança foi baseada na reclamação de parte dos servidores dos CEUs que são registrados como Agentes de Políticas Públicas (AGPPs) e buscam a modificação para o cargo de Auxiliar Técnico em Educação (ATEs). Segundo Irene, “os AGPPs realizam funções análogas aos ATEs, mas com salários cerca de 25% mais baixos”. Ela afirma que existe um parecer jurídico emitido pela Secretaria do Planejamento dizendo que a modificação é inviável.

Para a presidenta, a estratégia mostra claramente a intenção da secretaria em desvalorizar o trabalho dos profissionais. Ela ainda reclamou da forma como os manifestantes foram recebidos. “O que percebemos é que a Secretaria de Educação está sem autonomia para tomar algumas decisões. Por que assuntos de educação devem passar pela Secretaria de Planejamento?” questionou.

Está marcado para a próxima quinta-feira (10) um novo ato em frente à secretaria. Ao microfone, os manifestantes diziam que enquanto as reivindicações não fossem atendidas, haveria manifestações. A imprensa foi impedida de acompanhar a reunião entre representantes do sindicato e assessores da Secretaria de Educação.