Fim de campanha

Químicos da CUT e da Força em São Paulo aprovam acordo com 7,5% de reajuste

O índice representa aumento real de 1,82%. Cláusulas sociais específicas continuarão a ser discutidas por local de trabalho

São Paulo – Assembleias dos químicos nas bases da CUT e da Força Sindical no estado de São Paulo estão aprovando acordo negociado com a Comissão de Estudos e Assessoria do Grupo 10 (Ceag-10, representante patronal) que prevê reajuste salarial de 7,5%. Na noite de hoje (8), por exemplo, a proposta foi aprovada pelo sindicato da categoria na região do ABC, representados na negociação pela Fetquim, federação vinculada à CUT. Mais tarde, seria a vez do sindicato da capital. A campanha salarial envolve aproximadamente 300 mil trabalhadores em todo o estado. A data-base é 1º de novembro.

Segundo os sindicalistas, o índice representa aumento real de 1,82%, já que o INPC-IBGE acumulado em 12 meses, até outubro, atinge 5,58%. Os químicos em empresas com até 50 funcionários receberão R$ 850 como pagamento de participação nos lucros ou resultados (PLR, com reajuste de 8%) e piso salarial de R$ 1.135,67. Já em locais com 51 ou mais trabalhadores, o piso vai para R$ 1.159,49 e a PLR será de R$ 930 (aumento de 12,5%).

A Fetquim representa cerca de 180 mil trabalhadores dos setores de cosméticos, químico, plásticos, material de limpeza, entre outros, de São Paulo, região do ABC, Campinas, Osasco, Vinhedo, Jundiaí e São José dos Campos. Os demais sindicatos farão assembleias até domingo (10).

O acordo coletivo tem validade por dois anos, com renovação anual para os itens econômicos, como ocorreu agora. Mas os trabalhadores também reivindicam cláusulas sociais, não atendidas anteriormente, como a redução de jornada para 40 horas semanais, com sábados e domingos livres, e a extensão da licença-maternidade para 180 dias, cesta básica e nanotecnologia.

“A nossa estratégia será continuar essa luta por fábrica, pois sabemos que podemos avançar em pautas específicas em cada local de trabalho, como aconteceu esta semana com a L’Oréal”, afirma o coordenador-geral do Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo, Osvaldo Bezerra, o Pipoka, referindo-se à paralisação de dois dias dos trabalhadores da unidade da Vila Jaguara, zona oeste de São Paulo, com aproximadamente 600 funcionários. O movimento resultou na ampliação da licença-maternidade para 180 dias, vale-alimentação de R$ 100, convênio médico igual para todos, além da garantia de estabilidade de emprego de seis meses para os representantes da comissão de negociação.

Força

Os químicos da base da Força Sindical, representados pela Fequimfar, que totalizam 120 mil, estão fazendo assembleias desde segunda (4) e também encerram as votações até domingo (10). Em algumas regiões, como em Suzano e Jundiaí, conseguimos unificar o reajuste de 8% para salários e pisos. Os trabalhadores receberam bem a proposta”, afirma o presidente da federação, Sérgio Luiz Leite, o Serginho.