Operários encerram greve no Comperj com abono e plano de saúde gratuito

Reivindicação de equiparação salarial ficou para ser discutida na data-base, em 1º de fevereiro

São Paulo – Os trabalhadores da obra de construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, a 40 quilômetros da capital fluminense, aprovaram na manhã desta sexta-feira (18), em assembleia, o acordo costurado na segunda audiência de concliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre a Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom/CUT) e o Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagens e Manutenção Industrial do Rio de Janeiro (Sindemon). Eles estavam em greve havia 11 dias e já retornaram ao trabalho.

Como a data-base está próxima (1º de fevereiro), os juízes ponderaram que ficava difícil negociar a reivindicação de equiparação salarial com os funcionários da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), a maior da Petrobras – também localizada no Rio, e outras relativas a vales refeição e alimentação. No entanto, ficou acertado pagamento de abono salarial de R$ 160 nos meses de novembro, dezembro e janeiro (a oferta anterior era de R$ 150). Também negociaram a gratuidade do plano de saúde, que até então tinha  coparticipação dos operários para alguns procedimentos.

Além disso, as seis empresas envolvidas na maior obra da Petrobras, financiada com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vão custear a passagem para os operários visitarem suas famílias nas festas do final do ano desde que comprovem residência nos locais 30 dias antes do início do contrato de trabalho. Segundo o diretor de formação da Conticon/CUT, Marcos Aurélio Hartung, o Marcão, 50% deles são de outros estados, prepoderantemente da Bahia, do Ceará, de Pernambuco e do Piauí.

Em relação aos cinco dias de folga que serão liberados para as festas, ficou acertado que apenas três serão compensados. E sobre os 11 dias de paralisação, serão descontados quatro, sendo um por mês a partir de janeiro.

Marcão disse que a pauta de reivindicações da categoria será entregue aos patrões na primeira quinzena de dezembro.

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