Transporte coletivo

Motoristas e cobradores de São Paulo rejeitam proposta de reajuste

Empresas oferecem 8,5% de aumento. Sindicato da categoria planeja parar setor de manutenção na próxima segunda (18). No dia seguinte, haverá nova assembleia

Lucas De Moraes/Futura Press/Folhapress

Categoria fez paralisação por duas horas, na última terça. Na próxima segunda, setor de manutenção deve parar

São Paulo – Motoristas e cobradores de ônibus urbanos na cidade de São Paulo rejeitaram na tarde de hoje (14) nova proposta feita pela SPUrbanuss, entidades que representa as empresas do setor. Os empregadores oferecem 8,5% de reajuste, tíquete de R$ 18 e participação nos lucros ou resultados (PLR) de R$ 900, em proposta que o presidente do Sindicato dos Condutores, Valdevan Noventa, classificou de “absurda” e “vergonhosa”.

O dirigente informou que na próxima segunda (18) haverá paralisação no setor de manutenção. No dia seguinte, às 16h, será realizada nova assembleia. A categoria reúne aproximadamente 42 mil trabalhadores.

Com data-base em 1º de maio, a entidade reivindica reposição com base na variação da inflação e 7% de aumento real. Segundo o sindicato, mais de mil trabalhadores participaram da assembleia realizada hoje, diante da sede, no bairro da Liberdade, região central da capital paulista. Os 8,5% oferecidos representam pouco mais do que a variação do INPC-IBGE em 12 meses, até abril (8,34%).

Na última terça-feira (12), os trabalhadores fizeram duas horas de paralisações nos terminais, em todas as regiões da cidade, em protesto contra proposta apresentada na semana passada, que incluía 7,21% de reajuste, tíquete de R$ 17,69 e PLR de R$ 600.

Metroviários

Os metroviários de São Paulo fazem nova assembleia na noite de hoje, na sede do sindicato da categoria, no Tatuapé, zona leste. Em quatro rodadas de negociação com a Companhia do Metropolitano (Metrô), ainda não foi apresentada proposta. Com data-base também em 1º de maio, eles reivindicam, além do reajuste pela inflação, aumento real de 9,49%.