Lula, o metalúrgico, receberá homenagem na entrega do prêmio João Ferrador

Terceira edição de evento organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC será realizada na semana que vem

São Paulo – O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC realiza na semana que vem a terceira edição do prêmio João Ferrador de Promoção da Cidadania, evento que integra as comemorações do 52º aniversário da entidade, fundada em 12 de maio. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será homenageado na data. Ele também foi  presidente do sindicato, de 1975 a 1981.

Criado em 2009, o prêmio tem o objetivo, segundo o sindicato, “de reconhecer e premiar personalidades e instituições que contribuem com a promoção da cidadania, dos direitos humanos e sociais, da Justiça e da democracia”. De acordo com Carlos Alberto Gonçalves, o Krica, diretor-executivo da entidade, Lula dispensa qualquer justificativa para sua indicação. “Basta ver como o Brasil mudou durante seu governo”, resumiu.

Como ocorreu no ano passado, o prêmio será entregue a uma entidade e uma personalidade escolhidas pelo voto direto dos trabalhadores. Na primeira versão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi escolhido pela diretoria para receber o prêmio. Em 2010, com o novo formato, os premiados foram o Dieese, na categoria entidade, e o jornalista Bernardo Kucinski, como personalidade.

Este ano, na categoria personalidade concorrem o ativista Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, a educadora Maria Helena Negreiros e o rapper Rappin´Hood. Na categoria entidades, disputam a Central Única de Favelas (Cufa), o Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável (MNCR) e a Educafro – Rede Co­munitária de Pré-vesti­bulares Comunitários e Educação para Afrodes­cendentes e Carentes.

 Surgimento em 1972

Com a aparência de um metalúrgico, João Ferrador foi um personagem criado em 1972 pelo jornalista Antônio Carlos Félix Nunes para apresentar as reivindicações da categoria na Tribuna Metalúrgica, jornal do sindicato. Ao driblar a censura que o regime militar impunha à imprensa, o personagem era o porta-voz dos trabalhadores. O seu bordão mais conhecido era: “Hoje eu não tô bom”.

“As Cartas do João Ferrador, publicadas entre 1972 a 1980 e dirigidas ao governo militar, denunciavam as condições de vida e a exploração do trabalho”, lembra o sindicato.

Com informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC