mobilização

Greve de alunos, professores e funcionários chega a 14 unidades da Unesp

Trabalhadores querem 11% de reposição; universidade oferece 5,39%

Comando de greve/divulgação

Movimento foi iniciado pelos estudantes e ganhou adesão posteriormente de professores e funcionários

São Paulo – A adesão à greve de professores, alunos e funcionários da Unesp já alcança 14 campi da instituição, que tem 24 unidades, segundo a própria universidade. Entre as reivindicações, estão reajuste salarial de 11% para servidores e docentes, equiparação nos pisos e benefícios, permanência estudantil e não repressão aos movimentos sociais. A Unesp oferece 5,39% de reajuste e não se posicionou sobre os demais itens. A próxima reunião será realizada  amanhã (7) às 11h, na reitoria da universidade, em São Paulo.

Os grevistas também fazem críticas à política de cotas universitárias do governo estadual, chamada de Programa de Inclusão por Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp). Diferentemente do programa federal, o de São Paulo obriga o aluno cotista a passar dois anos num curso à parte, à distância – o que é considerado discriminatório pelos movimentos negros. A Unesp deliberou ser favorável às metas de inclusão social do Pimesp.

Para Pedro Martins, aluno de Ciências Biológicas do campus São Vicente, a principal reivindicação passa por melhorias na educação. “A faculdade pública é muito elitizada. Não faz sentido que a maioria dos estudantes das universidades públicas venham de colégios particulares. Precisamos discutir e melhorar a inclusão de alunos de ensino público.”, afirma.

A adesão de estudantes acontece nos campi de Assis, Botucatu, Marília, Franca, Ourinhos, Rio Claro, Rio Preto e São Paulo. Os professores estão parados em Marília e São Paulo. E os servidores técnico e administrativos da universidade fazem greve em Araraquara, Assis, Bauru, Marília, Franca, Ilha Solteira, Tupã, Sorocaba, São Paulo, São Jose dos Campos, Rio Preto, Jaboticabal e Botucatu.