Campanha salarial

Bancários fazem assembleia para avaliar nova proposta da Fenaban

Bancos propõem 8% de reajuste e de R$ 3.500 de abono este ano. Para 2017, haveria aumento pelo INPC mais 1% a título de aumento real. Benefícios têm correção maior

sind. bancarios sp

Proposta de acordo saiu ontem, em reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban

São Paulo – Bancários de todo o país fazem assembleia hoje (6) para avaliar nova proposta feita na tarde de ontem pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Em São Paulo, as assembleias (bancos privados, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) estão marcadas para as 17h. A orientação do Comando Nacional é de aceitação.

A oferta é de acordo com duração de dois anos. Para 2016, o índice de reajuste salarial subiu de 7% para 8% na data-base (1º de setembro), mantendo-se um abono de R$ 3.500. O vale-refeição teria aumento de 10% e o vale-alimentação, de 15%.  A oferta inclui 10% sobre os auxílios creche e babá, além de licença-paternidade de 20 dias. A participação nos lucros ou resultados (PLR) seria corrigida em 8%. Se o índice deste ano ficaria abaixo da inflação acumulada, para 2017 a Fenaban propõe reajuste pela variação do INPC mais 1%, índice que seria aplicado nos salários e nas verbas.

Houve um impasse em relação aos dias parados, que os bancos queriam compensar. Depois da continuidade da reunião, a Fenaban concordou em abonar esses dias.

Chegamos ao acordo possível nessa conjuntura de problemas na economia, tentativa da retirada de direitos dos trabalhadores, ameaça de privatizações, entrega do pré-sal, governo tentando desindexar a economia. Avaliamos que apesar dos bancos se recusarem a repor a inflação neste ano, é um avanço a correção de 15% no vale-alimentação e os aumentos maiores no vale-refeição e auxílio-creche babá. Mais importante ainda é o aumento real em 2017 e a garantia de todos os direitos da CCT e dos acordos específicos”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, vice da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e integrante da coordenação do Comando Nacional da categoria.

Em comunicado divulgado há dez dias, quando teve uma proposta rejeitada, a Fenaban disse que buscava “um modelo ajustado à atual conjuntura econômica”.