Dissídio de ferroviários e metroviários em greve será julgado na próxima semana

São Paulo – Terminou sem acordo a audiência de conciliação entre Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e os sindicatos de metroviários e ferroviários de Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande […]

São Paulo – Terminou sem acordo a audiência de conciliação entre Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e os sindicatos de metroviários e ferroviários de Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e da Zona da Central do Brasil (RJ). A reunião ocorreu hoje (15), no Tribunal Superior do Trabalho (TST).  

A CBTU manteve proposta apresentada na audiência anterior, de reajuste salarial de 2% e a manutenção das cláusulas sociais em vigor. O ministro do TST Márcio Eurico Amaro propôs reajuste de 4% sobre todas as cláusulas econômicas. Mas a empresa não aceitou. A bancada de trabalhadores acusou a CBTU de adotar práticas antissindicais e de falta de vontade de negociar. 

Diante do impasse, o ministro pediu aos metroviários e ferroviários que voltem ao trabalho porque o dissídio já foi submetido à Justiça do Trabalho. “A greve é um mecanismo de negociação, e não se justifica a manutenção da paralisação depois da instauração do dissídio coletivo, sobretudo diante do compromisso da empresa, assumido na audiência anterior, de retomar a negociação no caso de encerramento da greve”, disse. 

Segundo os representantes dos trabalhadores, a proposta do ministro será analisada pelas assembleias da categoria hoje (15) e amanhã (16), desde que a CBTU garanta a compensação dos dias parados e a manutenção das cláusulas sociais já acordadas. A empresa concordou com as cláusulas sociais mas disse que haverá desconto dos dias parados. Segundo o ministro, o dissídio deve ser julgado já na próxima semana

A categoria, com data-base em 1º de maio, está parada há mais de 30 dias. Entre as reivindicações conjuntas estão 5,13% de reposição da inflação, acrescido de 10% de aumento real, plano de carreira, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), plano de saúde integral, adicional noturno de 50% e gratificação por passageiro transportado. 

Com informações do TST