Centrais

CUT e CTB não irão a encontro com Temer: ‘Não reconhecemos golpistas’

'A luta contra os retrocessos pretendidos e anunciados será travada pelo conjunto dos movimentos sociais nas ruas', afirma central. Reunião está marcada para as 15h, no Planalto

Marcia Minillo/RBA

Ato de 1º de Maio deste ano no Anhangabaú, em São Paulo: pelo respeito à legalidade

São Paulo – Duas das seis centrais formalmente reconhecidas, a CUT e a CTB, anunciaram que não vão participar de reunião com o presidente interino, Michel Temer, na tarde de hoje (15). Ambas disseram não reconhecer “golpistas como governantes”. “A CUT vai continuar defendendo os interesses da classe trabalhadora, principal vítima do golpe, exigindo a volta do Estado do Direito e do mandato da presidenta Dilma, legitimamente eleita com mais de 54 milhões de votos”, diz a entidade, em nota assinada por seu presidente, Vagner Freitas.

“Acreditamos que a luta contra os retrocessos pretendidos e anunciados será travada pelo conjunto dos movimentos sociais nas ruas, nos locais de trabalho, na luta constante para impedir que o Brasil recue, do ponto de vista democrático, institucional e civilizatório, a décadas passadas”, acrescenta a CUT. “O respeito a todos os mecanismos e esforços da população em busca de igualdade, valorização da diversidade e acesso a políticas públicas que combatam as injustiças sociais é um valor precioso demais. E assim queremos que seja tratado.”

EBC e RBA
Vagner Freitas e Adilson Araújo: não a Temer e resistência nas ruas<br /> <br /> <br /> <br />

Diante da evidências, a proposta de reforma da Previdência de Temer prevê aposentadoria no caixão. A CTB tem muita clareza dos riscos e, diferente de alguns setores do movimento sindical, não se dispõe a segurar na alça da traição”, afirmou, também por nota, o presidente da CTB, Adilson Araújo.

Participarão do encontro, marcado para as 15h, no Palácio do Planalto, a Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central. Pelo governo, além de Temer, estarão os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Ronaldo Nogueira (Trabalho) e Eliseu Padilha (Casa Civil).