CUT cobra de Alckmin diálogo e investimentos

São Paulo – Investimentos consideráveis em transporte e saúde e valorização do serviço público e do servidor estadual. Essas foram algumas das questões pontuadas pela presidenta do Sindicato dos Bancários […]

São Paulo – Investimentos consideráveis em transporte e saúde e valorização do serviço público e do servidor estadual. Essas foram algumas das questões pontuadas pela presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, e pelo secretário de Assuntos Jurídicos do sindicato e de Comunicação da CUT, Daniel Reis, que representaram a central em café da manhã com o governador Geraldo Alckmin nesta quinta-feira (13), no Palácio dos Bandeirantes. 

O governador anunciou sua pretensão de dialogar com o movimento sindical, abrindo inclusive canais de comunicação como o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do estado, que teria representantes dos trabalhadores.

“Esperamos que de fato haja um diálogo maior com os trabalhadores, diferentemente do que tem ocorrido nos governos anteriores do PSDB. Se isso acontecer será positivo”, avalia Juvandia. Ela lembra que há muitos anos o movimento sindical tenta estabelecer canais de negociação com os sucessivos governos de São Paulo, mas não tem obtido sucesso. “Estamos tentando esse diálogo há muito tempo.”

Juvandia ressaltou, ainda, que a proposta do governo de criar um conselho, similar ao que fez o governo Lula já no início de seu primeiro mandato, é importante, mas desde que haja realmente participação de vários segmentos da sociedade.

Mínimo 

Alckmin também se comprometeu em discutir o salário mínimo estadual com as centrais sindicais. Pela proposta que o governo mandará à Assembleia Legislativa, o novo valor deve ser fechado em março para começar a vigorar em abril, antecipando assim a data-base em um mês. “O governo Serra estabeleceu um valor sem ouvir os trabalhadores. Esperamos que o governo atual não faça o mesmo”, ressalta Juvandia.

Os representantes da CUT falaram sobre a importância de ações na área de segurança em geral e de segurança bancária de forma específica, pontuaram  a questão dos altos pedágios nas estradas estaduais, abordaram a necessidade de investimentos para manter indústrias em São Paulo e assim criar emprego e renda e da importância de medidas de incentivo à agricultura familiar.

Outra questão levantada foi a necessidade de melhorar e ampliar o transporte público, já que o morador de São Paulo chega a gastar até quatro horas para chegar ao trabalho e perde muito em qualidade de vida. “Não foram reivindicações, foram pontuações, até porque não era uma mesa de negociação, mas um encontro. Esperamos agora que essa intenção do governo se traduza em ações”, completou Juvandia.

A convite do governo estadual, representantes de várias centrais participaram do evento, que contou também com a presença do secretário de Estado de Emprego e Relações de Trabalho, David Zaia – ex-presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas –, e do chefe da Casa Civil, Sidney Beraldo.

Brasília

Nesta sexta-feira (14), a partir das 14h, durante a reunião ministerial com a presidente Dilma Rousseff, poderá ser discutido um novo valor para o mínimo. A informação foi confirmada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

As centrais também protocolaram na quinta uma carta, que deverá ser entregue à presidenta, na qual pedem o aumento do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda pelo índice de inflação, de 6,43%, entre outros assuntos.

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, com informações da Agência Brasil