Bancários

Congresso da Contraf-CUT elege nova direção para os próximos três anos

Sindicalista do Paraná é o novo presidente da entidade. Posse será no mês que vem

São Paulo – A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), cujo quarto congresso terminou ontem (22), tem nova diretoria, tendo à frente o paranaense Roberto Antonio Von Der Osten, funcionário do Itaú e até então secretário de Finanças da entidade. A eleição foi realizada no sábado: a chapa 2 teve 265 votos, 75,7% do total, enquanto a chapa 1, liderada por Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT, teve 85 (24,3%). Houve ainda dois votos em branco e um nulo. Participaram do congresso, que começou na sexta, 353 delegados, sendo 237 homens e 116 mulheres.

“Tivemos um congresso em uma conjuntura muito difícil, que debateu e elegeu uma direção no momento em que a CUT e os movimentos sociais saíram às ruas e que outros grupos também se manifestaram, esses últimos questionando o governo e algumas instituições. Vamos continuar a organizar e articular a categoria bancária para defender a democracia e os direitos dos trabalhadores”, afirmou o novo presidente. “Também vamos organizar a atuação dos bancários no Congresso Nacional contra o PL 4.330 (sobre terceirização), que deve retornar à pauta”, acrescentou.

A posse está marcada para 15 de abril, e o mandato vai até 2018. Foi aprovada a criação de mais duas pastas na diretoria executiva (Juventude e Combate ao Racismo), em um total de 17. A vice-presidência da Contraf-CUT fica com a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, enquanto a secretaria-geral continua com Carlos de Souza, do Rio de Janeiro.

Segundo a confederação, também foi aprovada a convocação de um seminário nacional para definir estratégias de luta para os próximos anos. A entidade quer ainda intensificar a mobilização para enfrentar a atual conjuntura brasileira, “com o objetivo de defender os diretos dos trabalhadores, a democracia, a reforma política e a democratização dos meios de comunicação”.