Aumento real médio bate recorde em 2012; indústria teve os melhores resultados

O segmento de construção teve destaque, com aumento médio real de 3,17 pontos (Foto: Elza Fiúza. Agência Brasil) São Paulo – O aumento real (acima da inflação) atingiu, na média, […]

O segmento de construção teve destaque, com aumento médio real de 3,17 pontos (Foto: Elza Fiúza. Agência Brasil)

São Paulo – O aumento real (acima da inflação) atingiu, na média, seu melhor resultado em 2012, de acordo com pesquisa divulgada hoje (20) pelo Dieese. O ganho real médio foi de 1,96 ponto percentual além da variação do INPC-IBGE, ante 1,34 ponto em 2011 e 1,67 em 2010. Entre os setores pesquisados, o melhor desempenho foi o da indústria, apesar do ano ruim pelo qual o setor passou.

Pouco mais da metade (50%), ou 354 dos 704 acordos e convenções analisados foram do setor industrial. Desse total, 97,5% tiveram reajustes acima da inflação e 2,5% foram equivalentes à variação do INPC. Nenhum ficou abaixo do índice. O valor médio de aumentos reais foi de 2,04 pontos, mas chegou a 3,17 no segmento de construção e mobiliário e a 2,19 em metalurgia, mecânica e material elétrico.

No comércio, com 112 acordos analisados (16%), foram 96,4% de reajustes superiores à inflação, 0,9% iguais e 2,7% abaixo. O aumento real médio chegou a 2 pontos acima do INPC – 1,97% nos segmentos varejista e atacadista e 2,27% em minérios e derivados do petróleo.

Em serviços (238 acordos, 34% do total), 89,5% dos reajustes ficaram acima do INPC, bem acima do resultado de 2011 (78,2%). Outros 8% foram equivalentes à inflação e 2,5% ficaram abaixo, ante 11,3% no ano anterior. O ganho real médio atingiu 1,81 ponto. No segmento de turismo e hospitalidade, bastante influenciado pelo salário mínimo, foi de 3,18 pontos. No segmento de bancos e segurados privados, o aumento acima da inflação atingiu 1,55 ponto.

Em todas as datas-base, houve predomínio de reajustes acima do INPC. Em maio, mês com maior incidência de acordos, 96,6% tiveram ganho real – nesse período, concentram-se categorias como as ligadas ao transporte e à construção civil. Em setembro, com 73 acordos, foram 89% com aumento superior à inflação. Têm data-base nesse período bancários, metalúrgicos e petroleiros.

Ao contrário do que costuma acontecer, no ano passado o aumento real médio foi maior no primeiro do que no segundo semestre – de 2,14 pontos para 1,61. A maior queda foi registrada no setor de serviços, de 2,05 para 0,84. O ganho real passou de 2,20 para 1,81 na indústria e de 2,20 para 1,76 no comércio.