São Paulo – O Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) assinou nesta quinta-feira (29) acordo com as empresas – representadas pelo Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) – para reajuste de 6,5% nos salários. O percentual já havia sido aceito, na semana anterior, pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (que reúne pilotos e comissários de voo) e pelos demais sindicatos dos aeroviários filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical. A categoria, que trabalha em terra, ameaçava greve nacional desde a última semana, mas descartou a paralisação.

Em campanha salarial unificada iniciada em outubro, as duas categorias pediam aumento de 10% nos salários e 14% nos pisos, enquanto as companhias ofereciam, até meados de dezembro, apenas 3% – menos do que a inflação. Com o acordo firmado, os pisos serão reajustados em 10%, ponto considerado como o grande avanço das negociações. A data-base é 1º de dezembro.

O SNA chegou a organizar paralisações por 24 horas nos aeroportos do Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza. Segundo eles, a determinação do Tribunal Superior de Justiça (TST), que estabeleceu 80% de operação e previa multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento, dificultou a continuidade do movimento.

A proposta aceita é ligeiramente superior à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ficou acumulada em 6,17%, em 12 meses, até novembro.