Impasse

Greve na Renault completa 15 dias, e metalúrgicos esperam proposta de acordo

Trabalhadores pararam contra 747 demissões, anunciadas em 21 de julho

Sind. Met. Grande Curitiba
Sind. Met. Grande Curitiba
Assembleia na Renault: sindicato diz que sempre esteve disposto a negociar

São Paulo – A greve dos trabalhadores da Renault no Paraná, que hoje (5) completa 15 dias, pode ter um desfecho até a próxima sexta-feira (7). Pelo menos é essa a expectativa do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). Desde a última sexta-feira (31), quando a Assembleia Legislativa promoveu audiência pública, as negociações se intensificaram.

“Em reunião hoje cedo, com mediação do governo, a empresa assumiu compromisso de até sexta rever suas posições”, afirma o presidente do sindicato, Sérgio Butka. Em 21 de julho, a montadora anunciou o fim do terceiro turno e a demissão de 747 dos aproximadamente 7.300 funcionários na fábrica de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. No dia seguinte, os trabalhadores entraram em greve.

Os metalúrgicos tentam envolver autoridades do Executivo e do Legislativo, argumentando que a empresa se beneficiou se incentivos fiscais. Dias antes da greve, os trabalhadores haviam recusado, em assembleia, uma proposta de flexibilização que incluía programa de demissões voluntárias. “Estabelecer uma mesa de diálogo sempre foi a nossa reivindicação desde o início, mas a empresa, sem mais nem menos, decidiu radicalizar demitindo os trabalhadores”, afirma Butka.

Renault quer descontar seus erros nos trabalhadores, critica IndustriALL

A Renault afirma que quer implementar um plano de competitividade, firmando para isso um acordo pelos próximos dois anos. Esse programa incluiria redução do salário inicial na fábrica e terceirização de pelo menos 350 postos de trabalho. A empresa se instalou em São José dos Pinhais em 1998.