Futuro incerto

Em Minas, estudantes lutam contra cortes de vagas no Jovem Aprendiz

Setor industrial tem pressionado o governo federal a reduzir investimentos no programa, que insere jovens no mercado de trabalho

TVT/Reprodução

Corte sugerido pode comprometer até 75% das vagas de aprendizagens destinadas aos jovens de 14 a 18 anos

São Paulo – Em protesto contra a possibilidade de redução de vagas do programa federal Jovem Aprendiz, que insere jovens no mercado de trabalho, estudantes foram às ruas de Belo Horizonte nesta terça-feira (28). A proposta sinalizada formalmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao governo federal, de acordo com o The Intercept Brasil, tem como objetivo eliminar mais de 900 funções das 1.600 listadas pela Classificação Brasileira das Ocupações (CBO) e postergar a contratação (hoje imediata) para depois de um período de 30% do curso realizado.

Na avaliação da coordenadora do Fórum de Erradicação e Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente (Fectipa-MG), Elvira Cozendey, as mudanças vão comprometer a entrada e a formação dos jovens no mercado de trabalho. Hoje, são mais de 430 mil aprendizes em todo o país. “A redução seria em torno de 80%, 388 mil, restando apenas 43 mil jovens aprendizes no Brasil”, afirma Elvira.

“Estamos aqui hoje para lutar em prol dos nossos direitos, da mesma forma que cumprimos os nossos deveres, vamos exercer na força e no grito nossos direitos”, justifica o jovem aprendiz Breno Silva, em entrevista ao repórter Carlos Augusto Soares, da Rede Minas.

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