Transporte coletivo

Metroviários ameaçam parar, e motoristas fecham acordo em São Paulo

Assembleia pode aprovar paralisação no Metrô na próxima terça-feira. Ferroviários fazem assembleia para avaliar proposta

memória/ebc

Com data-base em 1º de maio, metroviários decretaram ontem (19) estado de greve

São Paulo – O Sindicato dos Metroviários de São Paulo fará nova assembleia na próxima segunda-feira (23), a partir das 18h30, e ameaça aprovar uma paralisação de “advertência” para o dia seguinte. Com data-base em 1º de maio, a categoria decretou ontem (19) estado de greve, depois de quatro rodadas de negociação, sem avanços, com a Companhia do Metropolitano (Metrô).

Além de ainda não ter recebido proposta, os metroviários afirmam que a empresa quer tirar ou diminuir direitos, mudando a data de pagamento, parcelando em três vezes a Participação nos Resultados (PR), suspendendo férias e acabando com progressões salariais, entre outras medidas. Na segunda-feira, os funcionários devem trabalhar sem o uniforme. No dia seguinte, às 17h, está previsto um ato conjunto com outras categorias em campanha salarial, na Praça Roosevelt, região central de São Paulo.

Em assembleia na tarde de hoje, motoristas e cobradores da capital paulista – que fizeram paralisações durante a semana – aprovaram proposta apresentada na véspera pelo sindicato patronal (SP Urbanuss). Eles terão reajuste salarial de 7,5%, participação nos lucros ou resultados (PLR) de R$ 1.300 e vale-refeição de R$ 20,50 (aumento de 8%). Um plano de cargos e salários deverá ser implementado em todas as garagens nos próximos 60 dias. O cargo de cobrador será mantido.

Também na próxima segunda, os funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) farão assembleias para avaliar proposta de acordo que prevê reajuste de 10,44%, em duas parcelas (março e setembro). O índice foi sugerido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) durante audiência de conciliação.