Acordo?

Petrobras apresenta proposta, e sindicalistas se reúnem para avaliar

Greve nas bases da FUP completou dez dias. Proposta é 'definitiva', afirma estatal, que ofereceu reajuste de 9,53% nas tabelas salariais, além de formação de grupo técnico para analisar pauta

São Paulo – A Petrobras e representantes sindicais voltaram a se reunir na tarde desta quarta-feira (11), quando a greve nas bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP) completa dez dias. A entidade informou que “está reunida para avaliar a proposta da empresa e definir os próximos passos da greve”. Segundo a federação, a empresa apresentou uma proposta para “os principais pontos” da chamada Pauta pelo Brasil. Nesse documento, a FUP critica a política de corte de investimentos implementada pela estatal. A partir das 14h de hoje (12), o conselho deliberativo da federação se reúne para analisar a proposta, cobrando uma apresentação formal por parte da companhia.

Em nota, a Petrobras diz que sua proposta é “definitiva” e ‘traduz o empenho máximo da empresa para atender às reivindicações dos empregados e seus representantes”. No plano salarial, a oferta de reajuste nas tabelas salariais passou de 8,11% para 9,53%, com manutenção do atual acordo coletivo. Sobre a pauta da FUP, a companhia se compromete a criar um grupo técnico, com representantes da federação, que deverá elaborar um relatório a ser analisado pela direção da empresa.

Antes da reunião, a FUP havia informado que, conforme relatos dos sindicatos filiados, a produção está “paralisada ou parcialmente interrompida” em várias unidades. Apenas na Bacia de Campos, com a paralisação atingindo 50 unidades marítimas, mais de 2 milhões de barris de petróleo deixaram de ser produzidos, de acordo com a entidade sindical

A Petrobras chamou também a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP, que iniciou greve em 29 de outubro) para uma reunião, após o encontro com dirigentes da FUP. Em seu balanço mais recente, a empresa disse que vinha conseguindo reduzir os impactos da paralisação por meio de seu plano de contingência, criticado pelos sindicalistas. Na segunda-feira (9), a estatal informou que, desde sábado (7), o impacto na produção era de 115 mil barris de petróleo por dia.