Interior

Metalúrgicos e condutores mobilizam-se em São José dos Campos

'O próximo passo é construir uma greve geral pelo arquivamento do PL 4.330', afirma o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos e dirigente da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha

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Trabalhadores da GM realizaram passeata pela Avenida General Motors (marginal da Rodovia Presidente Dutra)

São Paulo – Desde as 5h30 de hoje (15), trabalhadores da Embraer e General Motors, em São José dos Campos, no interior paulista, realizaram protestos contra o Projeto de Lei 4.330, que libera as terceirizações em todos os setores. Também está acontecendo protesto dos condutores, na Avenida José Longo, um dos principais corredores de ônibus da cidade.

Estes e outros protestos estão sendo conduzidos pela Central Sindical e Popular-Conlutas e pelos sindicatos dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Condutores, Petroleiros, Trabalhadores na Alimentação e nos Correios. Também houve protesto na Revap (Petrobras), que reuniu cerca de mil trabalhadores.

“Este é um dia de paralisações, em que os trabalhadores mostram que são contrários à terceirização, um projeto extremamente prejudicial à classe trabalhadora. O próximo passo é construir uma greve geral pelo arquivamento do PL 4.330”, afirma o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos e dirigente da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

Os trabalhadores da GM realizaram uma passeata pela Avenida General Motors (marginal da Rodovia Presidente Dutra), por aproximadamente uma hora, entre o trevo do bairro Vista Verde e a fábrica.

Ao final, votaram em assembleia a rejeição ao PL 4.330 e às medidas provisórias 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro-desemprego, auxílio-doença, pensão e PIS. Cerca de 2 mil trabalhadores participaram da passeata.

Simultaneamente, houve manifestação nas avenidas dos Astronautas e Faria Lima, que levam à Embraer. Os ônibus seguiram em lentidão, atrasando em uma hora a entrada de 3.500 trabalhadores do primeiro turno na fábrica.