Acordo

Trabalhadores no setor farmacêutico em São Paulo terão 7% de reajuste

Proposta negociada na semana passada já foi aprovada na base do Sindicato dos Químicos de São Paulo. Outras entidades ainda farão assembleias, com tendência de aceitação

Eduardo Oliveira/QuímicosSP

Inicialmente, os representantes das empresas haviam apresentado proposta de reajuste de 5,62%

São Paulo – Os trabalhadores na indústria farmacêutica do estado de São Paulo terão reajuste salarial de 7% na data-base (1º de abril), conforme proposta negociada na semana passada entre os sindicatos da categoria e as entidades patronais, que haviam apresentado antes um índice 5,62%, rejeitado pelos representantes sindicais. Os pisos terão aumento de 10%. O acordo, que envolve 50 mil empregados, prevê ainda abono de R$ 740.

Os 7% valem para salário de até R$ 6.300. Acima desse valor, haverá um reajuste fixo de R$ 441. A proposta já foi aprovada, sábado, na base do Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo (CUT). A tendência é que o mesmo aconteça nas demais assembleias, tanto em entidades filiadas à CUT como à Força Sindical. Estima-se em 1,57 ponto percentual o aumento real (acima da inflação), com base no INPC estimado.

Nas empresas com até 100 funcionários, o piso irá a R$ 1.115. Naquelas com 101 ou mais, o valor será de R$ 1.300. A participação nos lucros ou resultados (PLR), para quem não tem programa próprio, chegará a R$ 1.185 e a R$ 1.645, respectivamente.

O acordo negociado inclui ainda a adoção imediata de licença-maternidade de 180 dias nas empresas acima de 250 funcionários – a proposta inicial era de implementar o benefício em indústria com mais de 500 empregados.