negociação

Trabalhadores na indústria farmacêutica em SP querem 5% de aumento real

Segunda reunião ocorre nesta sexta-feira. Entre reposição e aumento real, reivindicação está em torno de 12%. Na primeira reunião, o setor patronal ofereceu 5,62%. Campanha envolve 50 mil

Sindicato Químicos SP

CUT e Força representam cerca de 50 mil trabalhadores. Data-base da categoria é 1º de abril

São Paulo – A campanha salarial dos trabalhadores na indústria farmacêutica do estado de São Paulo tem amanhã (28) a segunda rodada de negociação. São aproximadamante 50 mil empregados, representados pela CUT e Força Sindical, com data-base em 1º de abril.

Na primeira reunião, ontem, os representantes patronais ofereceram reajuste de 5,62%. Entre reposição e aumento real (acima da inflação), os sindicalistas querem aumento em torno de 12%. No sábado (29), a Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT (Fetquim) organiza uma assembleia para avaliação da proposta.

A Fetquim, que representa 35 mil empregados na capital, Campinas, São José dos Campos, Osasco, Vinhedo, Jundiaí e região do ABC, reivindica reajuste de 12% (incluindo aumento real de 5,5%), piso de R$ 1.810 (hoje, o valor é de R$ 1.049,73 para empresas com até 100 empregados e R$ 1.182,50 para as demais), pagamento de R$ 3.620 a título de participação nos lucros ou resultados (PLR) e vale-alimentação de R$ 325, além de cesta de medicamentos gratuita para todos os trabalhadores e ampliação da licença-maternidade para 180 dias.

Já a Federação dos Trabalhadores nas Industrias Químicas e Farmacêuticas do Estado (Fequimfar), filiada à Força, com aproximadamente 15 mil trabalhadores na base dos sindicatos filiados, reivindica 5% de aumento real, piso de, no mínimo, R$ 1.400, vale-alimentação de R$ 200 e o equivalente a dois pisos para pagamento da PLR, além da ampliação da licença-maternidade para 180 dias.

Além da proposta de reajuste, o setor empresarial aceita conceder a licença-maternidade de 180 dias em empresas com mais de 500 funcionários, estabelecendo prazo de cinco anos para extensão do benefício a todo o setor.