Ilegal?

Para entidade empresarial, ‘greve geral’ amanhã é ideia de ‘alguns maus brasileiros’

Abimaq/Sindimaq critica manifestação das centrais e pede a trabalhador que 'não entre nessa'

Para a Abimaq, as manifestações de junho foram boas, mas as de julho são ruins

São Paulo – Dias antes do dia nacional de luta convocado pelas centrais, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq) divulgou entre seus associados uma edição especial do Voz do Emprego, boletim oficial da entidade e de seu braço sindical, o Sindimaq, condenando a manifestação, que chama de greve geral. Segundo o comunicado, o movimento de amanhã (11) é “ideia de alguns maus brasileiros”.

No boletim, a entidade empresarial elogia as manifestações de junho, “por melhores serviços públicos e contra a corrupção”. E destaca como item mais importante o fato de que “elas não prejudicaram as atividades produtivas – os bancos, as lojas e as fábricas funcionaram normalmente e o Brasil continuou vendendo, produzindo e exportando”. Faz a comparação, no sentido negativo, com as atividades previstas para amanhã.

“Nada mais absurdo e inoportuno!”, dizem Abimaq e Sindimaq. “Querem parar o Brasil, parar a produção, parar hospitais e serviços essenciais, parar portos e aeroportos, sem se preocuparem com o enorme preço que todos nós pagaremos se essa ideia vingar!” Segundo as entidades, “uma greve geral é ilegal, incomoda todo o mundo, interrompe as atividades produtivas, e é prejudicial ao Brasil”. Elas recomendam ao trabalhador: “Não entre nessa!”.

O presidente executivo da Abimaq, José Velloso, propôs que todos os empregadores afixassem o boletim no interior das fábricas, para que a mensagem seja mais eficaz. “A empresa poderá reproduzir o jornal e afixá-lo nos quadros de avisos ou em outros locais visíveis pelos seus colaboradores”, diz. Procurado por meio da assessoria, ele não havia dado retorno até a finalização desta reportagem.

Em jornal, entidade pede que trabalhadores não participem de movimento que "incomoda todo mundo"