Professores paulistas discutem reivindicações com governo nesta quinta

São Paulo – O Sindicato dos Professores no Ensino Oficial no Estado de São Paulo (Apeoesp) informou hoje (24) que será recebido pelo governo estadual em audiência amanhã, às 9h, […]

São Paulo – O Sindicato dos Professores no Ensino Oficial no Estado de São Paulo (Apeoesp) informou hoje (24) que será recebido pelo governo estadual em audiência amanhã, às 9h, para discutir a pauta de reivindicações dos trabalhadores. Os docentes decretaram greve em assembleia geral com a presença de cerca de 10 mil docentes, na última sexta-feira (19), e iniciaram o movimento na segunda-feira (22). Segundo o sindicato, a paralisação tem a adesão de 30,5% dos professores no estado, sendo 30,2% nas escolas da capital, 27,4% na Grande São Paulo e no 33,9% no interior.

As principais reivindicações da categoria são a reposição das perdas salariais acumuladas desde fevereiro de 1998 (36,74%); reajuste imediato de 13,5%, sendo 6% já assegurados pela lei, mais 2% acrescidos pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) — que somam os 8% propostos por ele —, além de 5% referentes à parcela do reajuste de 10% que não teria sido paga em 2012; implementação da jornada do piso com pelo menos 33% do tempo dedicado à preparação de aulas e formação.

Além disso os professores cobram a extensão dos direitos e condições de trabalho do professor da categoria ”F” para o da categoria “O”, que são profissionais contratados temporariamente e que não podem utilizar os serviços do Hospital do Servidor Público, por exemplo. Eles querem também o fim da transferência forçada de professores das escolas de tempo integral e a implementação de políticas para prevenir e combater a violência nas escolas.

Na próxima sexta (26), a categoria volta a se reunir no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, região central da capital, para decidir os rumos do movimento.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação acusou a Apeoesp de se pautar por uma agenda “político-partidária” e ignorar o “amplo debate”. O comunicado diz que o nível de faltas na rede pública estadual foi de 7,3%, 2,3 ponto a mais que a média. “Vale ressaltar que o andamento das aulas e o calendário escolar permanecem inalterados e que os pais devem levar seus filhos à escola. A rede estadual dispõe regularmente de professores eventuais e, desde o início do ano, cerca de 55 mil profissionais se cadastraram para suprir, quando necessário, ausências pontuais de docentes titulares”, diz a secretaria.