OIT discute inclusão social e alerta: são necessários 50 milhões de empregos/ano

Para Ollanta Humala, presidente do Peru, boa economia e inclusão social devem caminhar juntas (Foto: Antonio Cruz/ABr)   São Paulo – A três dias do encerramento da 101ª Conferência da […]

Para Ollanta Humala, presidente do Peru, boa economia e inclusão social devem caminhar juntas (Foto: Antonio Cruz/ABr)

 

São Paulo – A três dias do encerramento da 101ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o presidente do Peru, Ollanta Humala, afirmou que de nada adianta ter bons resultados na economia se não houver avanços na inclusão social. “Não adianta ter cifras macroeconômicas no azul se estas não se traduzem em histórias de êxito”, acrescentou.

Participam do evento, que começou em 30 de maio, 5 mil delegados dos 185 Estados-membros. Pelo Brasil, o ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, representa o governo. Pelos empregadores, chefia a delegação o vice-presidente administrativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Josias Silva de Albuquerque. Pelos trabalhadores, o secretário de Finanças da Força Sindical, Luiz Carlos Motta.

Na abertura da conferência, o diretor-geral da OIT, Juan Somavia, disse que o mundo precisa de 45 milhões a 50 milhões de novos empregos por ano, durante os próximos cinco anos, apenas para voltar à situação anterior à crise de 2008. “Estamos em uma conjuntura crucial, e a crise nos oferece a oportunidade de mudar de direção. Ele ressaltou que não se pode cuidar apenas das questões relativas ao mercado financeiro.

“Dar confiança apenas aos operadores financeiros enquanto se perde a confiança das pessoas não apenas aprofunda a espiral descendente da economia como abre caminho a soluções extremas”, afirmou. Ele também criticou medidas de austeridade impostas a países europeus. “O caminho da austeridade, como método de obter resultados fiscais, está causando estancamento da economia, perda de empregos, diminuição da proteção (social) e enormes custos humanos, soterrando aqueles valores sociais que a Europa promovia.”

Este é o último congresso comandado pelo chileno Somavia. Em outubro, ele será substituído pelo inglês Guy Ryder, eleito no mês passado com apoio do movimento sindical.