Associações de bombeiros tentam unificar reivindicações a negociar com o governo

Expectativa da categoria é de que negociação seja reaberta a qualquer momento

São Paulo – Associações dos bombeiros e guarda-vidas se reuniram nesta segunda-feira (6) para tentar um consenso em torno de reivindicações que unifiquem as representações da categoria numa eventual retomada de negociações. O novo comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, sinalizou disposição para diálogo a qualquer momento com a categoria em encontro com o presidente da Associação de Cabos e Soldados do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Nilo Guerreiro. 

“Estive com ele pessoalmente e, pelo que falamos, ele poderia nos atender tanto hoje ainda quanto ao longo da semana. O que estamos fazendo agora é organizar o que vamos apresentar a ele quando a negociação acontecer de fato”, disse Guerreiro.

No momento, a categoria está montando uma tabela para o comando geral. O aumento salarial defendido pelos bombeiros guarda-vidas, de R$ 950 para R$ 2 mil, foi debatido na reunião. As associações propuseram que a reivindicação fosse modificada de forma a se adequar à Lei Estadual 279/79, que dispõe sobre a remuneração dos policiais e bombeiros militares fluminenses.

A proposta das associações é que o soldo (salário-base do militar) passe dos R$ 334,27 atuais para R$ 662, valor do piso salarial dos vigilantes privados. Com isso, o salário líquido do soldado (que inclui gratificações e benefícios) passaria de R$ 950 para cerca de R$ 2.600.

A respeito dos 439 bombeiros detidos na madrugada de sábado (4), Guerreiro informou que o departamento jurídico está elaborando documentos para que sejam concedidos habeas corpus aos profissionais. A seção fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) havia rechaçado, em nota, as dificuldades que os grevistas enfrentaram em ter contato com seus advogados, classificando-as como atitude “antidemocrática”.

Com informações da Agência Brasil