No Congresso, CUT propõe políticas de valorização do trabalho

Ideia é divulgar a pauta de reivindicações da central, que inclui mudanças na política econômica, redução da jornada e fim do imposto sindical

O presidente da CUT, Artur Henrique: críticas ao corte no orçamento (Foto: Antonio Cruz/ABr)

São Paulo – Em torno de 400 manifestantes da CUT ocuparam pacificamente o Congresso Nacional nesta quarta-feira (23) para levar propostas de valorização do trabalho aos parlamentares e ao governo federal. Na pauta, mudanças na política econômica, redução da jornada de trabalho sem redução de salário, fim do fator previdenciário, valorização das aposentadorias, combate às demissões sem justa causa e o fim do imposto sindical.

Em uma das reuniões, o presidente da central, Artur Henrique, solicitou ao ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que também fossem discutidas as condições de trabalho em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Queremos a discussão não só de Jirau, mas envolvendo todas as obras de infraestrutura que estão programadas, como as da Copa do Mundo, do programa Minha Casa, Minha Vida e do trem-bala”, disse. 

Ele ainda cobrou o apoio do governo para acabar com o imposto sindical. Artur Henrique apresentou um termo de compromisso firmado em agosto de 2008 entre o Ministério do Trabalho e quatro centrais, além da CUT, pelo fim do imposto.

A central também condenou o corte de R$ 52 bilhões no Orçamento e pediu apoio dos parlamentares para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 555/06, que elimina cobrança de contribuição dos aposentados, além de propor rejeição de projetos como as que coloca limites em investimentos públicos e que permite criação de fundações estatais de direito privado.

Os cutistas “demonstraram a capilaridade e a representatividade da Central, que aprofunda o debate para além das questões específicas do mundo do trabalho, com posicionamentos claros sobre a política e a economia”, segundo Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT. 

Reivindicações dos bancários

A Comissão de Finanças e Tributação foi visitada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região durante a  manifestação do Congresso. Para a presidenta do sindicato, Juvandia Moreira, a participação na reunião com a comissão responsável por analisar os projetos que tratam da reforma tributária é de grande interesse aos bancários. “Defendemos uma reforma que torne a arrecadação mais justa, por exemplo, tributando as grandes fortunas, as grandes propriedades, na qual quem ganha mais pague mais”, analisou.

Outro foco para a categoria é a isenção de Imposto de Renda aos trabalhadores no pagamento da participação nos lucros ou resultados (PLR), com teto aplicado para isenção de IR de R$ 18 mil anuais.

 Com informações da Agência Brasil