Petroleiros defendem monopólio estatal sobre o petróleo

CUT acusa oposição de usar CPI para influenciar negociação de novo marco regulatório do pré-sal

Brasília – Sindicalistas participam de ato em defesa da Petrobras e de uma nova lei do petróleo (Foto: Antonio Cruz. Agência Brasil)

A Central Única dos Trabalhadores, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e vários movimentos sociais, como MST e UNE, realizaram nesta quarta-feira (3) em frente ao Congresso uma manifestação em defesa da Petrobras.

As entidades entendem que a CPI a ser instalada no Senado a pretexto de investigar operações da estatal tem como finalidade enfraquecê-la e prejudicar as negociações por um novo marco regulatório do petróleo.

O presidente da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, aponta que a criação da comissão não tem justificativa. “O Brasil tem instrumentos como a Controladoria Geral da União, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, entre outros, para que sejam feitos a orientação e o acompanhamento dos contratos das empresas”, afirmou. Para ele, trata-se de uma tentativa de prejudicar o governo Lula e os investimentos que a Petrobras vem fazendo “como forma de superar a crise”. Artur pediu que os parlamentares dediquem mais tempo à votação de projetos importantes para os trabalhadores, como a redução da jornada de trabalho e a ratificação da Convenção 158 da OIT – que coíbe as demissões sem justa causa, atualmente parada no Senado.

Inicialmente, a intenção dos manifestantes era circular pelos corredores do Congresso, mas o esquema de segurança e o grande número de pessoas no protesto impediram a atividade. Com isso, apenas o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, foi a um dos auditórios da Câmara fazer a leitura de uma carta aberta que foi distribuída aos parlamentares. O documento defende que a Petrobras volte a ter o monopólio sobre o setor petroleiro e acusa a oposição de usar a CPI para fazer o governo recuar “na sua intenção de fazer chegar aos mais pobres a riqueza gerada com a exploração do pré-sal”. 

Com informações do site da CUT.