Ato contra CPI da Petrobras pede valorização da estatal

Manifestação faz parte de série de eventos promovidos pelo país contra tentativa da oposição no Congresso de investigar a empresa

Depois do ato da Paulista, FUP e CUT planejam manifestação em Brasília contra a CPI da Petrobras (Foto: Dino Santos. CUT)

Sindicalistas e movimentos sociais estiveram reunidos nesta sexta-feira (19) na Avenida Paulista, em São Paulo, para opor-se à criação da CPI da Petrobras planejada por PSDB e Dem.

João Antonio de Moraes, coordenador nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP), considera que a oposição deu um tiro no pé ao propor a comissão e agora atos em todo o Brasil ocorrem em defesa da estatal.

O mais importante, para a categoria, em conjunto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), é aproveitar a ocasião para discutir um novo marco regulatório do petróleo prevendo que a exploração seja feita unicamente pelo Estado, sem participação privada. “A CPI tem um componente eleitoral forte, mas a importância do marco regulatório, a riqueza do pré-sal sustenta alguns mandatos de presidente”, afirma Moraes, que acrescenta que a tentativa da oposição é colocar o país na crise.
Mas, para ele, tucanos e democratas não conseguiram o objetivo almejado e, agora, estão intimidados diante da reação da população.

Sobre a possibilidade de criação de uma nova estatal apenas para cuidar dos negócios do pré-sal, a FUP opõe-se, apesar de não considerar essa a questão central. “A Petrobras tem um apelo social muito forte, uma presença grande no imaginário do povo brasileiro e não pode ficar suscetível a ataques. Criar uma nova empresa é ruim por isso. Imagine uma estatal com tanto dinheiro e tanto poder na mão, mas sem o peso social da Petrobras. Nessas denúncias agora da CPI, estaria acabada”, afirma Moraes.