Ainda sem proposta, professores do Rio mantêm greve

Governo estadual prometeu resposta a reivindicações só em 15 de julho; paralisação já dura 22 dias

São Paulo – Em greve há 22 dias, os professores da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro decidiram, em assembleia nesta quarta-feira (29), continuar a paralisação. Os profissionais, que pedem reajuste emergencial de 26% nos salários, aguardam por resposta oficial do governo estadual sobre as reivindicações até 15 de julho.

A categoria reivindica também a incorporação imediata das gratificações e descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos. Atualmente, os professores recebem gratificação anual – até 2015 – pelo programa Nova Escola. Antes do programa, foram 12 anos consecutivos sem aumento salarial. O piso da categoria é de R$ 610.

Na última semana, os secretários de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Barbosa, e da Educação, Wilson Risolia, se comprometeram a conceder gratificações aos professores que cumprem hora extra.

Os professores marcaram para a próxima terça-feira (5), a partir das 9h, uma passeata que sairá do Largo do Machado, no Catete, zona sul, até o Palácio Guanabara, sede do Executivo estadual, que fica no bairro vizinho das Laranjeiras. O objetivo é pressionar o governador Sérgio Cabral a receber os professores em audiência. A promessa de proposta para meados de julho foi assumida pelo secretário de Educação.

O governo do Rio divulga que a adesão ao movimento é baixa (1,5%), apesar de o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) afirmar que o movimento continua forte. A rede estadual do Rio de Janeiro abrange 1.652 escolas, 51 mil professores, 80 mil funcionários e 1,2 milhão de alunos.