Ministério aponta preconceito como entrave para campanhas anti-Aids em escolas

Para diretor adjunto, a sociedade tem o papel de reverter o quadro de preconceito para prevenção

Eduardo Barbosa em entrevista com internautas (Foto: Reprodução/Internet)

São Paulo – Segundo o diretor adjunto do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, a questão da educação sexual para jovens ainda é vista com preconceito pela sociedade. Ele defendeu ainda a ampliação do programa educativo com jovens nas escolas.

“As ações educativas sobre preservativo infelizmente são encaradas como estímulo ao início da vida sexual”, afirmou em entrevista pela internet com usuários do Twitter, nesta quarta-feira (01), Dia Mundial de Luta Contra a Aids. “O que promove o início da vida sexual são os programas televisivos, que têm teor de erotismo e incitam ao sexo. Não é a orientação sexual na escola que farão os jovens iniciar a vida sexual mais cedo”, refuta.

Em esclarecimento às dúvidas dos internautas, o diretor declarou que o projeto em escolas pode se ampliar se a visão em torno da questão mudar e o preconceito diminuir. “O governo tem seu papel, mas toda a sociedade tem também importância no processo de transformação”, pontuou.

Dentre os novos programas do governo focados aos portadores de Aids/HIV, Barbosa aponta ações com deficientes físicos. “Estamos prestes a comemorar o Dia do Deficiente Físico, logo, temos projetos para que as pessoas em condições limitadas possam tanto se prevenir quanto tratar e vencer mais barreiras”, disse enfatizando também as ações junto às gestantes portadoras e maternidades com melhores condições para o pré-natal.