A presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, pede a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, na Assembleia Legislativa mineira, para investigar o setor de mineração durante os governos do PSDB. A sindicalista quer discutir com profundidade o modelo de mineração no estado, quem se beneficiou ou se omitiu na questão da fiscalização que resultou no maior crime ambiental do país. Para Beatriz Cerqueira o crime cometido pela Samarco, Vale e BPH é a síntese da consequência da privatização no Brasil. Muitos trabalhadores desaparecidos ou mortos eram de empresas terceirizadas. As responsáveis pela tragédia mantêm a precarização nas relações de trabalho e não investem em tecnologia na exploração de minérios. Reportagem Marilu Cabañas. Foto: Roberto Parizotti.

O dinheiro da CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, que seria investido em segurança e fiscalização das mineradoras que operam em Minas Gerais, foi para o Minas Arena, o estádio de futebol Mineirão. Esse desvio durante o governo tucano Antonio Anastasia foi citado pelo deputado estadual Rogério Correia (PT-MG), durante pronunciamento nesta quarta-feira (25/11), na Assembleia Legislativa de Minas. Está em discussão no Legislativo mineiro a reformulação da atual política ambiental. Reportagem Marilu Cabañas.

As regras ambientais estão ficando cada vez mais frouxas e a tragédia de Mariana deve servir de alerta. É o que recomenda o biólogo Renato Gaban Lima, professor do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade Federal de Alagoas. Gaban é um dos cientistas que integram o Giaia - Grupo Independente para Avaliação do Impacto Ambiental – Samarco – Rio Doce. Para o biólogo, o momento é perigoso diante do pedido de urgência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para a votação do texto do novo Código de Mineração. Reportagem Marilu Cabañas.

Com o inverno no hemisfério norte as aves migratórias, por exemplo, maçaricos e batuíras, vêm se alimentar nessa época do ano no litoral brasileiro. Como existe a probabilidade de metais pesados decorrentes da catástrofe de Mariana atingir o mar, esses animais poderão exportar a contaminação para seus lugares de origem. Esses pássaros se alimentam de invertebrados que se alojam nas areias das praias. O alerta é do biólogo Renato Gaban Lima, professor do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade Federal de Alagoas e curador da coleção de aves do Museu de História Natural da mesma universidade. Gaban é um dos cientistas que integram o Giaia - Grupo Independente para Avaliação do Impacto Ambiental – Samarco – Rio Doce. Reportagem Marilu Cabañas.