Mortalidade infantil cai no país, mas cresce em 5 regiões de São Paulo

O Brasil está entre os cinco países que mais reduziram as taxas de morte entre crianças menores de cinco anos. Porém, em algumas regiões do estado mais rico da federação esses índices aumentaram

São Paulo – Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgado esta semana mostra que o Brasil está entre os cinco países que mais reduziram a mortalidade  infantil. Segundo o documento O compromisso com a sobrevivência da criança: uma promessa renovada, de 1990 para cá houve redução de 73%. Naquele ano, de cada mil crianças nascidas vivas, 58 morriam antes de completar 5 anos. A proporção caiu para 16 em 2011. No entanto, algumas regiões do estado de São Paulo, o mais rico da federação, há registro de aumento da mortalidade entre as crianças pequenas.

Dados da Fundação Seade, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo,  divulgados em agosto, apontam que as taxas caíram no geral do estado. No entanto, em algumas regiões houve crescimento. O maior deles foi registrado entre os municípios da Baixada Santista. Em 2010 a taxa era de 15,15, passando para 16,87 no ano seguinte. Em 2009, o índice registrando foi de 18,80, o mesmo de 2005. Desde 2000 a região concentra os maiores índices de mortalidade no estado. A segunda maior taxa paulista é da região de Sorocaba, com 13,64 contra 13,50 do ano anterior.

A rica região de Piracicaba subiu de 12,51 em 2010 para 13,03 no ano seguinte. Desde 2000, os índices vinham caindo a cada ano, mas a partir de 2009 passaram a subir. A região de Franca teve aumento de 10,89 em 2010 para 12,83 no ano passado. O aumento foi registrado também em Araraquara, onde passou de 11,21 para 11,93.

Em todas essas regiões administrativas os índices de mortalidade em 2011 foram maiores que da região de Registro, no Vale do Ribeira, a mais pobre de todo o estado. Em 2011 a taxa era de 10,11, menor que no ano anterior, quando foi 11,89.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que a análise dos índices de mortalidade infantil deve ser feita em comparação a períodos mais longos, e não apenas considerando a variação de um ano para outro.

E que desde “2000 os índices de mortalidade infantil em São Paulo caíram em todas as região do Estado, ficando entre os menores do país e, consequentemente, puxando a média nacional para baixo”. Ainda segundo a nota, nesse período a queda foi de 31% no Estado. “Em 2011 o índice paulista atingiu o menor nível da história, e metade dos municípios do Estado tiveram taxas de apenas um dígito, comparável a países desenvolvidos da Europa”. 

Leia também

Últimas notícias