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Com mais 2.494 mortes em 24 horas, Brasil está a um dia de 430 mil vítimas da covid

Curva média de casos volta a subir, após semanas de queda, reforçando tendência de nova piora nos números diários de vítimas da covid no Brasil

Paulo Pinto/Fotos Públicas
Paulo Pinto/Fotos Públicas
Em São Paulo, por exemplo, medidas de isolamento social foram abandonadas pelo governador João Doria (PSDB)

São Paulo – O Brasil registrou hoje (12) mais 2.494 mortes por covid-19 em um período de 24 horas. Com o acréscimo, já são 428.034 vidas perdidas para o coronavírus e o país está praticamente a um dia de chegar a 430 mil vítimas desde o início do surto, em março de 2020. Foram também notificados 76.692 novos casos, totalizando 15.359.397 infectados, em 14 meses de pandemia. Isso, sem contar ampla subnotificação reconhecida por autoridades e denunciada por cientistas.

Depois de 55 dias consecutivos com média diária de mortos acima de 2 mil, este é o segundo dia seguido em que o índice está abaixo dessa marca – está atualmente em 1.948 e em queda desde o dia 12 de abril. A redução gradual das mortes é associada às medidas de isolamento social adotadas por estados e municípios, especialmente em março passado. Entretanto, o cenário relativamente positivo pode estar prestes a ser alterado.

Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass

Isso porque a curva média de casos voltou a subir, após semanas de queda. No dia 26 de abril o indicador atingiu seu nível mais baixo desde o pico, no dia 27 de março. Desde então, uma nova escalada. Na ocasião, a média estava em 56.553 novas infecções por dia. Hoje, este número está em 61.316. Como a covid-19 demora, em média, duas semanas para se manifestar de forma mais agressiva e letal, a curva de mortes deve voltar a subir nos próximos dias.

RBA utiliza informações fornecidas pelas secretarias estaduais, por meio do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Eventualmente, elas podem divergir do informado pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados aos veículos. As divergências, para mais ou para menos, são sempre ajustadas após a atualização dos dados.

Curvas epidemiológicas médias de casos e mortes diárias no Brasil. Fonte: Conass

Escalada

A escalada no número de mortes é puxada por nove estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Em São Paulo, por exemplo, medidas de isolamento social foram abandonadas pelo governador João Doria (PSDB). Atividades não essenciais abertas e poucas restrições. Ruas lotadas, baladas em funcionamento e bares com pessoas disputando cadeiras. Tudo isso em meio à chegada do frio, que estimula aglomerações e tende a elevar a transmissão de vírus por via aérea.

Outros 13 estados estão em relativa estabilidade: Acre, Amapá, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Apenas quatro estados registram queda, de acordo com dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). São eles: Amazonas, Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso. Ainda de acordo com a entidade, a tendência geral é considerada de estabilidade em um nível alarmante.


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