país em alerta

Brasil tem 51.271 mortos pelo novo coronavírus, informa Conass

São Paulo segue como estado mais afetado do país, com 221.973 casos confirmados e 12.634 mortos. Pandemia avança no interior

Mateus Pereira/GOVBA
Mateus Pereira/GOVBA
Maior parte da população ainda está suscetível ao vírus, o que deixa a pandemia longe do fim

São Paulo – De acordo com o balanço de hoje (22) do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil tem 1.106.470 casos confirmados de covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. O total de mortos, de acordo com o balanço que consolida dados dos 26 estados e do Distrito Federal, é de 51.271. Nas últimas 24 horas, foram 21.597 novos casos e 663 mortos.

Como tem sido comum, o número de casos e óbitos divulgados às segundas-feiras apresenta redução em relação à semana anterior. A razão é o menor ritmo de trabalho.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que a disseminação do coronavírus no Brasil diminuiu sua velocidade. Entretanto, a entidade afirma que o cenário inspira máxima cautela. A estabilidade da pandemia se dá em um momento com grande número de mortos diariamente.

Ainda assim, o argumento da estabilidade é utilizado por governadores e prefeitos para flexibilizar as medidas de proteção relacionadas ao distanciamento social. Cientistas afirmam que essa retomada é precoce; não existe número suficiente de pessoas imunizadas (apenas 15% da população nas cidades mais afetadas, em média). Essa falsa sensação de segurança inspira pessoas para o retorno ao trabalho presencial, o que pode significar novo aumento no número de casos e mortos diários.

Epicentro

O Brasil é o epicentro da pandemia no mundo. O número de casos confirmados e mortos coloca o país na segunda posição deste ranking, atrás apenas dos Estados Unidos. Naquele país, onde medidas mais severas de isolamento foram adotadas, com o ápice da crise no fim de março e início de abril surgem indícios de retorno da pandemia. Em maio o país viu os números reduzirem, mas agora, com flexibilizações por todo o país, a pandemia volta a mostrar suas garras. Em estados como a Flórida, pouco afetados no primeiro momento, o alerta vermelho está aceso.

“As pessoas ficam falando e falando sobre segunda onda. Mas ainda estamos na primeira onda”, disse o epidemiologista Anthony Fauci, principal integrante da força-tarefa contra o coronavírus da Casa Branca.

Gráfico mostra comportamento do coronavírus no Brasil desde o início de abril (Conass/Reprodução)

Números

Já o epicentro nacional é o estado de São Paulo. O estado tem 221.973 casos oficiais e 12.634 mortos. O estado vive um momento diferente do registrado durante a primeira quinzena de junho, quando a capital concentrava a grande maioria dos casos. Agora, a covid-19 passa por um processo de interiorização.

Na última semana, o interior registrou crescimento de 14,5% a mais do que a capital nos casos. No último mês, entre 17 de maio e 16 de junho, houve alta de 205% nos infectados. Entre cidades mais afetadas e com a estrutura de saúde perto do colapso estão Sorocaba, São Bernardo do Campo e Campinas.

O segundo estado mais afetado é o Rio de Janeiro, com 97.572 doentes e 8.933 mortos. Depois vêm o Ceará, com 94.158 casos e 5.604 vítimas; o Pará, com 86.020 doentes e 4.605 mortos; e o Maranhão, com 70.689 infectados e 1.760 mortos.

Edição: Fábio M. Michel