joias e urnas

Simone Tebet sugere apreensão do passaporte de Bolsonaro

Ministra afirmou que Bolsonaro “vai querer abandonar o Brasil para poder salvar a própria pele”, enquanto o cerco se fecha contra o ex-presidente

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil
'Não se enganem, que busquem mais rápido possível apreender o passaporte', disse a ministra

São Paulo – A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu nesta sexta-feira (18) a apreensão “o mais rápido possível” do passaporte de Jair Bolsonaro. Ela teme que o ex-presidente fuja do país, diante dos avanços das investigações da CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro e sobre o escândalo da venda ilegal de joias. Durante a posse do economista Marcio Pochmann à frente do IBGE, a ministra afirmou que “o cerco se fechou” contra Bolsonaro.

“Graças ao trabalho da PF e dos depoimentos na CPMI, podemos dizer que o cerco se fechou contra o ex-presidente da República. Está apontado como mandante da tentativa de fraude nas urnas eletrônicas e de fraude à decisão sempre legítima do povo brasileiro”, disse Tebet. “Se me permitir esse desabafo, faço citando Ulysses Guimarães: ‘Traidor da Constituição é traidor da pátria. Temos ódio e nojo à ditadura’. Digo eu que, a eles, o rigor da lei”, exclamou a ministra, durante a cerimônia.

“Não se enganem, que busquem o mais rápido o possível apreender o passaporte, porque quem fugiu para não passar a faixa para um presidente legitimamente eleito pelo povo, com certeza vai querer abandonar o Brasil para poder salvar a própria pele”, completou.

Ontem (17), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Jair e Michelle Bolsonaro. A decisão atende a pedido da Polícia Federal (PF), que investiga o funcionamento de uma organização criminosa que atuava para desviar e vender presentes recebidos pelo ex-presidente de autoridades estrangeiras em missões oficiais.  

No mesmo dia, em depoimento “bombástico” à CPMI, o hacker Walter Delgatti afirmou que Bolsonaro teria lhe prometido indulto se conseguisse invadir as urnas eletrônicas. Disse ainda que esteve cinco vezes no Ministério da Defesa e que “orientou” o relatório dos militares sobre a segurança do sistema de votação.


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