Serys diz que foi ‘traída’ por assessora e afirma que não há motivos para deixar relatoria

Nova relatora do Orçamento exonerou funcionária acusada de ter se beneficiado de emendas parlamentares nos últimos anos (Foto: José Cruz/Agência Senado) Brasília – A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) disse, nesta […]

Nova relatora do Orçamento exonerou funcionária acusada de ter se beneficiado de emendas parlamentares nos últimos anos (Foto: José Cruz/Agência Senado)

Brasília – A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) disse, nesta segunda-feira (13), que se “sentiu traída e enganada” pela assessora Liane Muhlemberg que se beneficiou de emendas parlamentares ao Orçamento para a organização não governamental (ONG) Instituto de Pesquisa, Ação e Mobilização (Ipam), da qual era presidente. A parlamentar disse que desconhecia tanto a ligação da ex-funcionária com a ONG e quanto a liberação de emendas orçamentárias para instituição e, por isso, não vê problemas em continuar na relatoria-geral da Comissão Mista de Orçamento (CMO)”.

“Se eu desconhecia (o fato) e nunca fiz nenhuma emenda, nem nenhuma gestão para liberação de recursos a qualquer entidade estou à vontade (para permanecer na relatoria da CMO)”, disse a senadora.

Serys acrescentou que, desde que foi nomeada, a assessora nunca fez qualquer menção de que era presidente de uma ONG. “Sobre isso não se conversa, se exonera”, ressaltou.

A parlamentar afirmou que será rigorosa na apreciação da proposta orçamentária de 2011. Um ato da Comissão Mista de Orçamento, aprovado pelo Congresso, proibiu a liberação de emendas parlamentares para eventos culturais e de turismo. Os recursos deverão ser aplicados apenas em infraestrutura.

Nesta segunda, ela teve um encontro com a equipe técnica do Ministério do Planejamento e, durante a tarde, terá encontros com os técnicos do Orçamento, líderes partidários do Congresso e participará da reunião da comissão.

Quanto ao valor do salário mínimo para 2011, a relatora disse que manterá em R$ 540. Serys Slhessarenko não descartou a hipótese desse valor ser aumentado. Ela aguarda o relatório de receitas da Comissão Mista de Orçamento e o pedido de cortes do governo para definir essas questões.

Antes, em nota, a senadora havia defendido a posição e anunciado a exoneração da funcionária. Reportagem publicada na edição da revista Veja desta semana sustenta que projetos do Ipam, receberam recursos de emenda parlamentar nos últimos três anos para aplicação em projetos de turismo e cultura. “Se existirem irregularidades por parte desta entidade ou desta funcionária, elas devem ser analisadas pelo Tribunal de Contas e órgãos competentes”, escreveu.

Fonte: Agência Brasil