Serra diz que Bolsa Família não serve para redução da pobreza

Curitiba – O candidato à Presidência da República pela coligação O Brasil Pode Mais, formada pelo PSDB, DEM, PPS, PTB e PTdoB, José Serra, afirmou na terça-feira (6) que o […]

Curitiba – O candidato à Presidência da República pela coligação O Brasil Pode Mais, formada pelo PSDB, DEM, PPS, PTB e PTdoB, José Serra, afirmou na terça-feira (6) que o Bolsa Família não serve como indicador de redução da pobreza no país. Segundo ele, se eleito, irá ampliar o programa e aperfeiçoar o sistema de qualificação profissional dos beneficiados. Serra disse ainda que muitos dos projetos sociais existentes começaram no período em que era ministro da Saúde.

O candidato tucano afirmou que o ideal seria estabelecer um sistema único de assistência social no país. Segundo ele, o Bolsa Família é resultado da junção do Bolsa Escola com o Bolsa Alimentação, criados na sua gestão.

“Quero ampliar o Bolsa Família. (O programa como está) não serve como ‘erradicador’ da pobreza no país. Temos no Brasil 15 milhões de famílias que ganham até meio salário mínimo, que representa três vezes a parcela atendida pelo programa (Bolsa Família). Estamos muito distantes da erradicação”, disse.

Para o candidato da coligação liderada pelo PSDB, o ideal é aperfeiçoar a capacitação profissional dos beneficiados pelos programas sociais. Serra disse ter conversado com uma jovem, de 18 anos, que se queixou sobre as dificuldades de conseguir emprego por falta de qualificação profissional.

Serra afirmou que a meta, se eleito, é criar 1 milhão de vagas no ensino técnico e reduzir a carga horária no ensino médio para que os estudantes tenham condições de estudar e trabalhar. “Vamos criar no país 1 milhão de novas vagas no ensino técnico”.

O candidato passou o dia em Curitiba onde fez uma caminhada na região da chamada Boca Maldita – área tradicionalmente destinada a manifestações – no centro da cidade. Também foi à sede da Pastoral da Criança – obra de ajuda humanitária idealizada por Zilda Arns, que morreu no terremoto no Haiti, em janeiro.