PTB sai em defesa de Marin e acusa Romário de oportunista

Deputado estadual Campos Machado (SP) vê 'maquiavélica orquestração' contra o dirigente da CBF

Marin (esquerda) e Machado (direita) entre Samuel Moreira, presidente da Assembleia de São Paulo (Foto: José Antonio Teixeira/Alsp)

São Paulo – O PTB de São Paulo criou um abaixo-assinado virtual para defender a permanência de José Maria Marin na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O texto, de iniciativa do presidente estadual e secretário-geral nacional do PTB, deputado Campos Machado, ataca o ex-jogador e deputado federal Romário (PSB/RJ), que tem feito críticas a Marin e à CBF. O documento virtual está hospedado na página do Avaaz.org desde 27 de março e contava, até as 16h de hoje, com 1.640 assinaturas.

A assessoria de imprensa do deputado não autorizou que ele conversasse com a RBA. No release de divulgação da petição, Machado afirma que está em curso uma “maquiavélica orquestração para denegrir a imagem, a honra, a história política e o passado de glórias do jogador de futebol, do vereador, do deputado estadual, do presidente da Federação Paulista de Futebol, do governador do Estado e agora presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin”. Na justificativa do documento, são feitas diversas acusações contra Romário, que é tachado, entre outras coisas, de oportunista.

O abaixo-assinado é uma complementação da Moção de apoio a Marin, protocolada na Assembleia Legislativa São Paulo, por Machado. Além disso, o presidente do PTB de São Paulo pediu que os vereadores do partido também encaminhassem moções semelhantes nas Câmaras Municipais onde atuam.

Marin tem sido pressionado a deixar o cargo desde que Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, o acusou de co-responsabilidade pela morte do pai, em 1975, por agentes da ditadura. Na época, o jornalista trabalhava na TV Cultura. Marin era deputado e proferiu um discurso criticando a emissora por ter “comunistas” infiltrados e cobrou providências. Duas semanas depois, Herzog foi assassinado, sob tortura, nas dependências do Destacamento de Operações de Informações-Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) em São Paulo.

Na última segunda-feira (1º), aniversário do golpe de 1964, Ivo entregou uma petição com 55 mil assinaturas na CBF, pedindo a saída do cartola da presidência da confederação. Foi acompanhado por Romário e pela também deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).