Procuradoria pede urgência na análise de emenda de vereadores
Procurador Roberto Gurgel aponta que suplentes estão tomando posse com base em projeto aprovado no Congresso e tido como inconstitucional
Publicado 01/10/2009 - 16h08
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, requereu nesta quinta-feira (1º) o imediato exame do pedido apresentado por ele ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Ação Direta de Inconstitucionalidade está em posse da ministra Carmen Lúcia e questiona a Emenda Constitucional 58, aprovada pelo Congresso, que aumenta em mais de sete mil o número de vereadores em todo o país. A medida tem valor retroativo às eleições de 2008, o que permite que suplentes tomem posse em um processo eleitoral encerrado.
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Roberto Gurgel argumenta ao STF que há posses de novos vereadores com base em um artigo tido por ele como inconstitucional. Com base nisso, o procurador já entrou também com pedido de liminar para suspender diplomações até que o Supremo julgue a ação. “Logo, o impulso ganhará localidades mais extensas e populosas, com sério agravamento do estado de inconstitucionalidade”, aponta.
Até aqui, a posse tem dependido de ações da Justiça local ou das próprias mesas diretoras de câmaras municipais. Em Goiás, a Justiça Eleitoral concedeu liminar no pedido da procuradoria para impedir que dois vereadores de Bela Vista assumissem os cargos. A argumentação é de que, caso a emenda tenha de fato efeito retroativo, é preciso recalcular todos os quocientes eleitorais por partido e por candidato para definir quem tem direito a posse.