Petrobras

Presidente da CPI no Senado vai comandar CPMI; Marco Maia será relator

Eleição da comissão, que tem 16 parlamentares da Câmara e 16 do Senado, contou com participação da oposição. Aécio sugere convocações e quebras de sigilo já solicitadas por comissão de senadores

Agência Senado

Com boicote da oposição à CPI do Senado, Vital do Rêgo foi eleito também para a CPMI; Dias protesta

Brasília – Os integrantes Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras elegeram o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para presidir o colegiado. O peemedebista, que teve 19 votos, também é o presidente da CPI do Senado. Seu concorrente, o deputado Enio Bacci (PDT-RS), apesar de pertencer a um partido, em tese, da base aliada, recebeu dos oposicionistas oito de seus dez votos. Sua chapa tinha como candidato a vice o líder do SDD, deputado Fernando Francischini (PR), que perdeu por 18 a 11 para o senador Gim (PTB-DF). No total, 29 dos 32 parlamentares da CPI Mista participaram da eleição.

O presidente eleito da CPMI nomeou há pouco o deputado Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara (2011-2012), como relator do colegiado.

O senador Álvaro Dias (PSDB-SP) reclamou do que ele chamou de “quebra de tradição” por não haver um comando compartilhado da CPI entre governo e oposição – presidente de um, vice de outra. “Quando se quebra uma tradição desta natureza, indica-se o desejo de impedir investigações que cheguem a conclusões objetivas, cumprindo o objetivo de uma CPI”, afirmou.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) rebateu a crítica. “Hoje quem diz que é uma tradição usa de má-fé e falta com a verdade. Todos que aqui estamos, estamos pelo critério da proporcionalidade”, disse a senadora. Segundo ela, houve várias CPIs quando o tucano Fernando Henrique Cardoso era presidente da República sem comando compartilhado.

Depois de boicotar a CPI exclusiva do Senado, as bancadas oposicionistas participaram em peso da composição da CPMI. Acreditam que, apesar da maioria governista, a oposição conta com a habitual infidelidade de parte dos 24 parlamentares considerados “base aliada” para produzir algum desgaste ao Planalto durante os trabalhos do colegiado.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) apresentou há pouco um plano de trabalho alternativo para a comissão. O relator Marco Maia (PT-RS) ainda não falou no colegiado. Aécio sugeriu a convocação e quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal do ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli; do ex-diretor de Abastecimento e Refino da estatal Paulo Roberto Costa; do ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró; e do doleiro Alberto Yousseff. Pediu também a quebra dos sigilos fiscal e bancário de quatro empresas de Yousseff, como o laboratório Labogen.

O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), relator da CPI da Petrobras no Senado, lembrou que todas as convocações solicitadas por Aécio Neves já foram feitas pelos senadores. “Já convocamos todos esses que a oposição chamou. Já pedimos também os autos da operação Lava-Jato para subsidiar a nossa investigação”, afirmou.

Com informações da Agência Câmara

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