Para Dilma, Ministério dos Transportes vem rompendo planejamento ‘míope’

Presidenta dá posse a César Borges recordando que PR está no governo desde o primeiro mandato de Lula e que novo ministro 'consolida' participação do partido

Para Dilma, a incapacidade de planejar resultou nos gargalos em infraestrutura (Foto: Roberto Stuckert/PR)

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff aproveitou a posse do novo ministro dos Transportes, César Borges, para elogiar a participação do PR no governo e ressaltar a necessidade de planejamento no setor. “O PR é um partido que está conosco desde o dia em que o grande brasileiro José Alencar concorreu à vice-presidência da República em dobradinha com o ex-presidente Lula. O que nos levou à vitória nas três eleições que se seguiram”, disse, durante a cerimônia no Palácio do Planalto.

Borges, ligado a Antônio Carlos Magalhães na Bahia, deixou o DEM durante o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e migrou para o PR. Desde a queda de Alfredo Nascimento, em julho de 2011, o partido se queixava de que Paulo Sérgio Passos, um técnico, não era um representante da sigla. Passos vai assumir uma diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e Borges deixa uma das vice-presidências do Banco do Brasil. 

Durante a posse, Dilma elogiou o passado de Borges como governador e afirmou que a “sólida formação técnica”, somada à experiência como governador da Bahia, será fundamental para conzudir um bom trabalho. “O César Borges consolida a participação do Partido da República na nossa coalizão de governo. O que para nós, também, é muito importante. E o faz de forma extremamente qualificada.”

Para a presidenta, a nova equipe estará mais afinada e conseguirá mais resultados. “A área de transporte é absolutamente fundamental para o governo e para o Brasil”, destacou, acrescentando que houve equívocos em governos anteriores, que deixaram de lado a organização do setor. “Quando o Brasil perdeu a capacidade de planejar, na área de logística, tornou-se um gargalo para o Brasil não só a inexistência da obra física, mas, sobretudo, a inexistência da capacidade de planejar a longo prazo. Um país dessa dimensão, que não sabe como é que se conecta rodovias com portos, ferrovias com portos, a estrutura de aeroportos no tecido da malha logística, é um país míope. E isso nós tomamos sistematicamente as medidas, viemos tomando, para construir este saber, que não é do governo, é um saber que passa pelo conhecimento do setor privado a respeito das suas próprias limitações, quando está agindo na esfera econômica.”