São Paulo – A presidenta da República e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, disse acreditar que o Brasil vai chorar a morte desse “grande homem que morreu no dia de hoje (13)”, referindo-se ao candidato Eduardo Campos (PSB), que morreu na manhã de hoje. Campos estava em um avião que vinha do Rio de Janeiro com destino ao Guarujá, no litoral paulista, mas caiu na cidade de Santos depois de arremeter a primeira tentativa de pouso na base aérea local, por volta das 10h.

Visivelmente emocionada, a presidenta ressaltou que Campos era um político promissor e espera “que o exemplo dele sirva para mantê-lo vivo na memória e nos corações dos brasileiros”. Dilma manifestou sentimentos à família de Campos, dos correligionários que o acompanhavam e dos pilotos da aeronave modelo Cessna.

A presidenta lembrou do avô de Campos, Miguel Arraes – ex-governador de Pernambuco deposto pela ditadura (1964-1985), morto há nove anos – a quem considera “um grande político, democrata, um lutador que foi referência para minha geração”. “Eduardo seguiu seus passos”, completou.

A candidata lembrou que ela e Campos tinham uma relação de profundo respeito, apesar das diferenças. Ambos foram ministros no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República e dividiram palanques na eleição de 2010. “Ele tinha um futuro extremamente promissor pela frente, podia galgar os mais altos postos. É, sem dúvida, uma grande perda”, concluiu.

Campos deixou a aliança com o governo Dilma em setembro do ano passado, alegando que não acreditava mais na forma como a gestão era administrada. Em abril deste ano, lançou a candidatura para presidente.

Dilma reafirmou que o governo federal decretou luto de três dias. Ela também suspendeu as agendas presidencial e de campanha pelo mesmo tempo em respeito à família de Campos.