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‘O país está sendo destroçado por um governo de traidores’, diz Lula em carta lida por Haddad

Ato foi realizado em Brasília, no contexto do Seminário "O Brasil é Nosso" e do lançamento da Frente Parlamentar e Popular em Defesa da Soberania Nacional

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
“É urgente enfrentá-los. Por isso é importante reunir amplas forças sociais e políticas", diz Lula

São Paulo – Em ato realizado em Brasília, no contexto do Seminário “O Brasil é Nosso” e do lançamento da Frente Parlamentar e Popular em Defesa da Soberania Nacional, o ex-candidato à presidência da República Fernando Haddad leu “Carta em defesa da soberania nacional”, enviada ao evento pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ato político aponta para a união de forças democráticas para enfrentar as políticas destrutivas do governo Jair Bolsonaro.

“É difícil falar pelo Lula, porque a gente gostaria que ele estivesse aqui”, começou Haddad. “Estou com um pressentimento de que esse dia está chegando. Estou com muita esperança de que esse país se reencontre consigo mesmo, libertando Lula para que ele possa estar conosco.”

Na carta, o ex-presidente afirmou que “o país está sendo destroçado por um governo de traidores”. “Estão entregando criminosamente as empresas, os bancos públicos, o petróleo, os minerais e o patrimônio que não lhes pertence. Até a Amazônia está ameaçada por um governo que não sabe e não quer defendê-la.”

Ele avisou aos que “aproveitam da farra de entreguismo e privatização predatória, que isso não vai durar para sempre”. Acrescentou: “É urgente enfrentá-los. Por isso é importante reunir amplas forças sociais e políticas como nesse seminário junto ao lançamento da frente parlamentar mista da soberania nacional”.

Lula lembra que o Brasil vai completar 200 anos de independência em 2022, ano da próxima eleição presidencial, mas mesmo dois séculos depois o país ainda não encontrou a “libertação social e econômica”. Hoje, “Bolsonaro entregou nossa política externa aos EUA, deu a eles a troco de nada a base de Alcântara. Rebaixou a diplomacia a um assunto de família e de conselheiros que dizem que a terra é plana”, acrescentou.

Participaram do ato em Brasília a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), o ex-senador Roberto Requião (MDB), a deputada federal Jandira Feghali, o ex-candidato à presidência Guilherme Boulos (Psol), o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, entre inúmeras lideranças.

Leia a íntegra da Carta em defesa da soberania nacional.