A obscura

MPF cobra explicações sobre supostos crimes contra crianças denunciados por Damares

Sem provas, a senadora eleita afirmou que menores teriam seus dentes arrancados para não morderem ‘na hora do sexo oral’

UN Photo/Pierre Albouy
UN Photo/Pierre Albouy
Grupo Prerrogativas também foi ao STF para que a ex-ministra seja investigada por suspeita de prevaricação

CartaCapital – O Ministério Público Federal no Pará solicitou informações nesta segunda-feira (10) ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos sobre supostos crimes contra crianças denunciados pela ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF), eleita senadora. O órgão também pediu que a pasta informe quais providências tomou ao descobrir os casos e se houve denúncia ao Ministério Público ou à polícia.

Durante um culto no último sábado (8, na igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO), Damares afirmou, sem apresentar provas, que crianças na Ilha de Marajó (PA) seriam traficadas e teriam seus dentes “arrancados para não morderem na hora do sexo oral”. Além disso, disse que elas só comiam “comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”.

A declaração foi compartilhada nas redes sociais pelo deputado federal eleito Mario Frias (PL-SP). Na gravação, Damares alega ter descoberto o suposto caso durante sua atuação no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Também nesta segunda, o grupo Prerrogativas, composto por advogados e juristas, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo pediu a abertura de um procedimento a fim de investigar possível crime de prevaricação por parte de Damares.

“Se as estarrecedoras declarações forem verdadeiras, tanto a então ministra DAMARES REGINA ALVES, quanto o presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO, devem explicar as providências tomadas para apuração de tamanhas atrocidades”, afirma o coletivo.


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